Valores em Bioética e Direitos Humanos: Coleção Antropologia Brasileira

A eterna problemática dos valores me fez associar neste volume o novo continente da Bioética e o velho continente dos Direitos Humanos: dois campos que de fato são tão distintos quanto complementares. A reflexão sobre os valores culturais é um tema comum que vinha longamente ocupando Tradições, Filosofias, Religiões, Antropologia, Direito: e por conta da inovação das Ciências & tecnologia, sobretudo no campo da Biomedicina os valores ocupam a Bioética.
Em meu percurso pessoal acumulei experiências e reflexões no campo dos Direitos Humanos, no trabalho de Extensão universitária junto ao pioneiro Centro de Defesa da Arquidiocese da Paraíba. Em seguida ocupando-me de um projeto de ensino e pesquisa em Bioética, na Santa Casa de Misericórdia de Belém me apercebi das interfaces entre estes dois domínios.
A questão central estes domínios complementares é a fundamental questão humana dos valores, em termos críticos e do ponto de vista antropológico, filosófico, jurídico, deontológico de vários domínios profissionais leva-nos a navegar entre passado e futuro da Humanidade.
O termo valor(es) parece ser utilizado, atualmente, a exemplo da impressa, muito mais no sentido de valores econômicos que do ponto de vista antropológico, de valores culturais, dos usos e costumes ou em sentido propriamente filosófico, conforme os estudos de Teologia, Ética, Moral, Política ou Direito.
Essas duas dimensões da questão dos valores, no contexto atual da globalização suscitam inicialmente, um olhar retrospectivo e transdisciplinar. É como se a falta de perspectiva, por conta das incertezas no amanhã da Humanidade colocasse o cidadão entre um “vale tudo” e um “vale nada” do mercado atual. Situação esta que nos exigisse um olhar retrospectivo quanto ao que foram nossos valores e ao que eles poderiam corresponder futuramente.
Autor e obras recentes
José Maria Tavares de Andrade estudou Filosofia em Olinda e Recife foi jornalista (Revista Cruzeiro e Veja) e pesquisador da cultura popular junto a Mauro Motta (Fundação Joaquim Nabuco), Hermilo Borba Filho e Ariano Suassuna, desenvolvendo o projeto de pesquisa: Música Popular Religiosa (DEC-UFPE, 1967-70). Projeto que está na origem do Movimento de renovação litúrgica de Ponte dos Carvalhos – Cabo (PE) e do Movimento Armorial. Bolsista da Universidade Católica de Louvaina (Bélgica) entre 1970-73 obteve o título de Mestrado em Sociologia e em Linguistica. Fez doutorado em Antropologia com Roger Bastide (Sorbonne – Paris III, 1967) e Pós-Doutorado em Epistemologia da Complexidade com Edgar Morin (EHESS, 1989). Ensinou em Londrina (1973-78) e na UFPB até 1994, atuando na Extensão Universitária junto ao pioneiro Centro de Defesa e Direitos Humanos, fundado por Dom José Maria Pires e atua na ONG AGEMTE (PB). Criou a Disciplina Antropologia da Saúde/Doença e o Grupo Interdisciplinar de Plantas Medicinais, ensinando e pesquisando no Mestrado em Ciências Sociais da UFPB. É pesquisador do Institut de recherche interdisciplinaire sur les sciences et la technologie, Université de Strasbourg – França deste 1994 e responsável pelo Seminário de Etnomedicina
Obras do mesmo autor disponíveis em amazon.com.br:

Triângulo ABC da complexidade;
Quéssia, divindade homem-planta (vol. I)
Quéssia voltou (vol. II);
José os seus e o mundo – Auto exo ecobiografia;
Galeria pessoal;
Carta baralho.

Coleção Antropologia Brasileira:

MAGIA: SAÚDE E RELIGIÃO (volumes I);
MAGIA: SAÚDE E RELIGIÃO (volumes II);
POVO DA FLORESTA, CAMPONESES E PIONEIROS;
Raízes de cultura popular (volumes I);
Raízes de cultura popular (volumes II);
Plantas medicinais e complexidade…

Outras obras recentes:

Mitologia da Mata ao Sertão, Ed. UFPE, Recife, 2014 (no prelo).
Une mythologie brésilienne, Harmattan, Paris, 2014.
Plantes médicinales et complexité, Harmattan, Paris, 2013.
Magie, Ethnomédecine et Religiosité au Brésil, Harmattan, Paris, 2013.