Trilhas

“Aqui temos um livro que se propõe a não ser uma ‘leitura fácil’, mas uma poesia anunciada como ‘procura de explicação’, quase freudiana, em versos livres, concretos e com ritmo de fluxo de pensamento. É preciso usar a bagagem intelectual que carregamos e ver os diálogos com outros autores para se ler o Altamiro. As ferramentas para facilitar sua leitura estão no mundo, na história, no seu tempo. Com elas a compreensão de seus versos se faz mais precisa, assim como a bússola e o compasso cumprem este papel na navegação (uma das paixões do autor).
Aos leitores, uma advertência: não serão encontradas poesias metrificadas de rimas cadenciadas. Os versos de Altamiro são como as músicas do cearense Belchior, ou os versos do alemão Bertold Brecht, denunciam a todo instante que ‘somos humanos ainda’. São reveladores, provocadores, provocativos, meditativos.”