Trevo de Além–Mar

Há encontros que acontecem cedo demais — ou tarde demais. E, ainda assim, chegam exatamente quando precisam. Maria cresceu acreditando que a vida segue um roteiro previsível, até que uma viagem para a Europa com as irmãs vira o início silencioso de algo que ela jamais conseguiria planejar: um encontro que parece acaso, mas carrega o peso doce do destino. Foi no saguão de um aeroporto, entre anúncios de voos e malas apressadas, que ela viu pela primeira vez o homem com um trevo de quatro folhas tatuado no braço — um trevo perfeito, exceto por uma folha levemente desgastada. Mauro, italiano, viaja entre mares e continentes em uma rotina solitária que esconde cicatrizes e segredos. E é justamente essa imperfeição — aquela pequena falha na tatuagem — que desperta em Maria um reconhecimento inexplicável, como se algo neles dois tivesse nascido inacabado, à espera de significado. Entre cidades antigas, cafés europeus, paisagens que parecem sussurrar histórias e uma série de reencontros improváveis, Maria descobre que o destino não grita — ele toca suavemente. E, quando tocado, muda tudo. Mas o tempo não espera, as distâncias existem e a vida insiste em separar o que parece se procurar. Em Trevo de Além-Mar, cada página é um convite para pausar, respirar e acreditar que a sorte também pode vir com uma folha imperfeita — e, ainda assim, ser exatamente o que estava destinado a acontecer. Um romance envolvente, sensível e profundamente poético sobre encontros raros, imperfeições que nos revelam e o amor que nasce nos intervalos do inesperado.