TEORIA DA CULTURA DO CONHECIMENTO TÁCITO: do Saber–Fazer e de Como–Fazer, entre oitocentos e novecentos

A proposta principal será construir um modelo teórico da cultura nacional sobre um elemento conceptual e estruturante na matriz do conceito da cultura popular portuguesa capaz de problematizar o estudo feito pelos intelectuais portugueses entre 1870 e 1970 (de Alexandre Herculano a Jorge Dias), para além da análise da problemática da identidade (no âmbito dos nacionalismos) na cultura nacional. A tarefa desta investigação refletirá na construção de um modelo cultural da sociedade portuguesa, realizada por estes pensadores, entre meados de Oitocentos e meados de Novecentos, sobre os elementos técnicos e tácitos, em sectores de atividade sócio-económica em Portugal.

É possível relacionar este paradigma teórico com a investigação, entre meados do século XX e o século XXI, feita sobre o concelho dessa região em matéria de inovação, averiguando as áreas de desenvolvimento sectorial em que as capacidades técnicas e tácitas locais são potenciais de utilidade para os processos inovadores, dado o demonstrativo grau de sucesso histórico que produziram sobre a evolução social, económica e política naquela sociedade regional. Esta é a fase de articulação, segundo a matriz teórica construída, averiguar as capacidades de integrar a cultura técnica e tácita dessa região com uma funcionalidade ao serviço do desenvolvimento da inovação. A proposta é uma alternativa aos modelos abstratos singulares de áreas científicas que mais investem na pesquisa sobre o material da inovação (a economia, a gestão e o planeamento). E as potencialidades dela poder vir a ser motivo de replicação do paradigma para outras escalas regionais, adaptando-o às suas especificidades territoriais.
A ambição do performer.