Por ti vivo mais

Esta é uma história que se desenrola no século XXV. Um “jovem” apaixona-se de imediato por Inês, que, à primeira vista, é uma simples e doce empregada de balcão. Ele mais do que um simples animador de festas infantis, um privilegiado, como ele próprio se considera, é também um investigador que segue com dedicação quase obsessiva o problema dos suicídios cada vez mais comuns. Na realidade, a tecnologia de longevidade acrescida, difundida durante o século XXII, trouxe liberdade a todos os níveis, mas também novos problemas éticos e até humanos. Ele acaba por se ver envolvido numa teia de emoções, para as quais não tem referências no passado. E sobretudo quando se depara com oposição do seu pai ao relacionamento com Inês, a jovem empregada de balcão de 120 anos, mas 80 anos mais nova que ele… e descobre que o problema que investiga o envolve a ele mesmo, através dos seus amigos e mediante o sistema político e legal, que quer fazer de conta que ele não existe. Mas o romance cada vez mais escaldante assume-se, com todas as consequências ao longo de uma viagem (que nos leva longe) a um universo bem parecido com o nosso a tal ponto que nos julgamos “submersos” nele. Começa com a constatação de que a tecnologia não basta e termina com uma paisagem luminosa e amorosa, numa cidade ribeirinha, encimada por um castelo milenar que teima em resistir ao tempo. No entanto, tudo isto é ameaçado por loucura dionisíaca.