Pelve: Anatomia sistemática e radiológica

O fascinante e incitador estudo da Anatomia Humana, encetado no primeiro banco acadêmico e perseverado ao curso de toda a formação médica, jamais esgota-se em si mesmo, se não que, ao longo da vida profissional, requererá, eventualmente, qualquer que seja a especialidade considerada, uma conferência, uma interrogação, um reexame, um tira-teimas… Nestas circunstâncias, intermitências de tempos a tempos frequentes na vida dos médicos, para arguições, recapitulações e rápidas consultas, nada melhor do que valer-se de um manual. De certo que as especialidades cirúrgicas e de imagenologia, hoje imprescindíveis na prática médica, requerem, mais sistematicamente, perdurada e crônica, mas sempre verde, atualização, incluindo necessárias consultas aos grandes tratados de morfologia. Entretanto, num caso ou noutro (e mesmo para um estudo sistemático de aprendizado), qualquer revisão pode partir do manuseamento de um textuário capadura. Foi neste intuito que os professores Remo Farina Junior, Cláudio Tarta e o aqui ora prefaciador, depois de muitas décadas de Laboratório de Anatomia, decidiram relançar este livro de Anatomia da Pelve, que, por muitos anos, também serviu de texto para centenas de alunos. Um impresso que, à fé de ofício, pensamos, está a fazer falta. Um volume a fazer resenha, de expor aos olhos como num livro de bordo; um vade-mécum anatômico. Sem ser tratadista, antes concentrado e ao mesmo tempo posto em síntese, que, à vista-d’olhos, seja sumário, apêndice e anexo. Então, já nos será muito. Inteiramente revisado, principalmente quanto à nomina anatômica, neste segundo momento vem com a diletíssima e maiúscula escrita do doutor Fernando Hexsel, numa Anatomia Aplicada, para abecedário e alicerce fundamentais a compreensão da Tomografia Computadorizada e da Ressonância Nuclear Magnética, hoje ferramentas indispensáveis na propedêutica médica. Por fim, as póstumas estimas e honras ao grande professor Luiz Alberto Garcia do Prado, titular da nossa cátedra, de nostálgica memória.

Dr. Pio Furtado