Minha Razão de Viver: Autobiografia

Por Samuel Wainer
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Samuel Wainer (Bessarábia, 19 de dezembro de 1910 — São Paulo, 2 de Setembro de 1980), jornalista. Veio para o Brasil com 2 anos de idade. Foi fundador, editor-chefe e diretor do jornal Última Hora. Foi casado, entre outras, com a modelo e jornalista Danuza Leão.

Radicado na capital paulista, Wainer teve um importante papel político no segundo governo de Getúlio Vargas. Originariamente um jornalista da esquerda não-comunista, ligado ao grupo de intelectuais congregados em torno da revista Diretrizes, fundada por ele, Wainer era um repórter dos Diários Associados de Assis Chateaubriand quando veio a entrevistar Getúlio Vargas, durante a campanha eleitoral de 1950, formando com ele uma amizade política, movida à base de interesses mútuos, que viria a resultar na criação do Última Hora.

O Última Hora, jornal de causas populares desde sua origem, colocou-se abertamente como órgão pró-Vargas e oficioso: na sua primeira edição, o jornal estampava uma carta de felicitações assinada pelo próprio Getúlio Vargas. Foi um jornal que introduziu uma série de técnicas bem sucedidas que o tornavam mais atrativo às classes populares: a seção de cartas dos leitores, o uso de uma editoria específica para tratar de problemas locais dos bairros do Rio de Janeiro. Era, ao mesmo tempo, um jornal conhecido pelo seu corpo de articulistas: Nelson Rodrigues e seus folhetins, a coluna de análise política de Paulo Francis e até mesmo uma coluna do futuro animador de televisão Chacrinha.

A oposição a Vargas, comandada por Carlos Lacerda, não podendo impugnar a legalidade do empréstimo favorecido que viabilizara o jornal (como lembraria o próprio Wainer em suas memórias, toda a imprensa brasileira beneficiava-se de tais créditos irregulares) procurou impugnar o próprio Wainer.

Coube a Carlos Lacerda a tarefa de procurar negar a Wainer o direito de dirigir um jornal, alegando que o jornalista teria nascido na Bessarábia (a atual Moldávia, na época um território disputado entre a Roménia e a URSS), em 1910 e que haveria recebido uma certidão de nascimento falsa em território brasileiro, que o daria como nascido em 1912.. A campanha contra Wainer — que combinava direitismo antigetulista e um toque de anti-semitismo — levou a uma longa batalha judicial que prolongou-se para além do suicídio de Vargas, em 1954, e terminou com a absolvição de Wainer da acusação de falsidade ideológica. Somente 25 anos após sua morte, na edição completa de seu livro auto-biográfico “Minha Razão de Viver”, Wainer reconhece que nascera realmente fora do Brasil.

Foi o único jornalista brasileiro a cobrir o Julgamento de Nuremberg. Foi também um mundano consumado, cuja reputação de dândi foi muito beneficiada pelo seu casamento com Danuza Leão, então uma jovem modelo, figura cara à alta burguesia do Rio de Janeiro e musa boêmia da época.

Até o Golpe Militar de 1964, Samuel Wainer havia conseguido estruturar um verdadeiro império jornalístico, com várias edições regionais do seu jornal. Após 1964 – apesar de um exílio dourado em Paris, entre 1964 e 1968 – teve seu património dilapidado pelas perseguições da ditadura e acabou por vender a edição nacional do Última Hora, em 1972. Em 1975, passou a residir em São Paulo, onde morreria, empobrecido, como jornalista assalariado da Folha de S.Paulo.

Deixou um livro de memórias intitulado Minha Razão de Viver – editado postumamente por sua filha, a artista plástica Déborah (“Pinky”) Wainer.

Fonte: trechos da Wikipedia

Características do eBook

Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:

  • Autor(a): Samuel Wainer
  • ISBN-10: 8510315264
  • ISBN-13: 978-8510315265
  • ASIN: B016WURNM4
  • Idioma: Português
  • Tamanho: 967 KB
  • Nº de Páginas: 315
  • Categoria: Biografias e Histórias Reais

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