A história empírica que desvenda os documentos consiste em um dos primeiros postulados da história como “ciência”. Tucídides, nesse caso, instituiu um princípio importante para o campo da história que consiste no juízo crítico das fontes. Já em seu segundo passo, a escrita da história, apresenta novos desafios. Por longo período, o discurso histórico fundamentado em fontes representava uma forma de “realismo”. A história deveria espelhar o passado. Mas a partir do século XIX, o historicismo e as ideias de Nietzsche revolucionam a forma de se fazer a história. A história não deve ser mais o espelho das ações pretéritas dos homens. Ela se problematiza ao incorporar a dimensão do presente. Aqui duas frases são importantes. Primeiro em Hegel, que afirma que o “homem sempre encontra a si mesmo nas coisas”; depois, Nietzsche que enfatiza que não “existem fatos, mas interpretações”. Desde o século XIX a história perde sua inocência. No século XX, o estruturalismo será outro desafio para a história. Desde o surgimento da noção de estrutura (com a repercussão na produção de Fernand Braudel) até a concepção de discurso como uma produção social em Michel Foucault e Michel de Certeau, a história tornou-se uma forma de reflexão.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Dagmar Manieri
- ASIN: B07XSJH1NG
- Editora: Brazil Publishing
- Idioma: Português
- Tamanho: 2584 KB
- Categoria: História
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Hegemonia e empiria histórica, escrito por Dagmar Manieri. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.