Entre local e global: A nova geografia da cidadania
Por Priscila Zilli Serraglio Desde 2010, estou entre idas e vindas estudando os temas jurídicos que são constantemente pressionados pelos fluxos da globalização. Linhas sobre a extensão jurídica da globalização, democracia, transparência, direitos humanos, transjudicialismo e normas transnacionais já foram lavradas, contudo, até o momento, não tive ousadia para escrever sobre globalização e cidadania. Considero deveras um tópico complexo, passional, estratégico, entretanto, absolutamente necessário.
Julgo essa a virtude preliminar do trabalho que tenho o prazer de poder preencher as primeiras laudas para o leitor e, a responsabilidade de antecipar o conteúdo da autora. Antecipar essa consideração não é quase nada perto das páginas que seguirão. Os escritos da Profa. Ma. Priscila Zilli Serraglio conseguem transcender a condição elementar de associativismo entre cidadania e globalização ao propor fórmulas de análise para as modulações temporais, jurídicas e políticas que a cidadania enfrentou ao longo de séculos e o seu devir perante a globalização e a emergência de novos atores, autoridades e modelos jurídicos.
Sem dúvida é uma pesquisa de fôlego e substancial qualidade, o que se comprova com os autores utilizados como lastro teórico, a fluidez da redação, as proposições expostas e toda sua trajetória no Mestrado em Direito da Faculdade Meridional, em Passo Fundo, que confluíram nessa obra que vem ao leitor. O destaque em termos de dedicação, curiosidade e rigor científico aparecem cristalinamente nesse livro.
Diante das minhas pesquisas, observo que a autora conseguiu extrair precisamente a formação de novas facetas para a globalização e o papel que os indivíduos devem contar nessa nova história que se está a escrever. Tal qual assinalou Saskia Sassen, os seres humanos possuem papel nuclear, talvez mais do que outrora, sejam eles nacionais ou imigrantes, trabalhadores ou empresários, homens ou mulheres. O papel de todos é assegurar primados substanciais de cidadania em muito, mais muito além da construção liberal ilustrada.
Para tanto, a pesquisa da autora no intuito de esclarecer os dilemas dos nossos dias, e suas particularidades dinâmicas, fluídas e complexas, busca sempre indagações nos períodos anteriores. Através dessa metodologia, consegue associar o ser e o dever-ser de institutos absolutamente caros e preciosos, porém impossíveis de serem precificados.
A tônica que se empreende ao texto não se exaure na concepção de cidadania como direito político liberal ou como modelo aditivo para aquisição de nacionalidade. O que sintetizo da leitura é a condição de construção de mecanismos e instrumentos aptos a afastarem da marcha globalizadora atributos e expedientes de colonialismo e hegemonia geopolítica, a qual faz com autores de enorme envergadura, como Antonio Gramsci, Boaventura de Souza Santos e Adela Cortina.
Ao estabelecer essa premissa como coluna vertebral da sua investigação, Priscila Zilli Serraglio, capacita por meio do direito e da cidadania movimentos de mobilização global do Direito. Mobilização no sentido dado por Cecília MacDowell dos Santos, a qual os indivíduos deixam sua condição de inércia para reivindicarem, exigirem e apresentarem novos direitos em espaços não mais circunscritos pelo território em que vivem ou cujo nascimento foi registrado.
Não desejando mais prolongar a leitura do principal, espero que as interpretações do presente texto sejam marcadas por profundas e densas inquietações. Estou seguro que esse livro não foi pensado para os conformados e sossegados de espírito. Esse é um livro para inquietos…
Por fim, além da minha gratidão à Priscila por ter me propiciado uma segunda leitura após a defesa da sua dissertação, gostaria de saudar a essa casa editorial pela publicação da obra de sucesso garantido. Livros como esse nos dão esperança que o ensino e a pesquisa jurídica brasileira são profícuos.
Julgo essa a virtude preliminar do trabalho que tenho o prazer de poder preencher as primeiras laudas para o leitor e, a responsabilidade de antecipar o conteúdo da autora. Antecipar essa consideração não é quase nada perto das páginas que seguirão. Os escritos da Profa. Ma. Priscila Zilli Serraglio conseguem transcender a condição elementar de associativismo entre cidadania e globalização ao propor fórmulas de análise para as modulações temporais, jurídicas e políticas que a cidadania enfrentou ao longo de séculos e o seu devir perante a globalização e a emergência de novos atores, autoridades e modelos jurídicos.
Sem dúvida é uma pesquisa de fôlego e substancial qualidade, o que se comprova com os autores utilizados como lastro teórico, a fluidez da redação, as proposições expostas e toda sua trajetória no Mestrado em Direito da Faculdade Meridional, em Passo Fundo, que confluíram nessa obra que vem ao leitor. O destaque em termos de dedicação, curiosidade e rigor científico aparecem cristalinamente nesse livro.
Diante das minhas pesquisas, observo que a autora conseguiu extrair precisamente a formação de novas facetas para a globalização e o papel que os indivíduos devem contar nessa nova história que se está a escrever. Tal qual assinalou Saskia Sassen, os seres humanos possuem papel nuclear, talvez mais do que outrora, sejam eles nacionais ou imigrantes, trabalhadores ou empresários, homens ou mulheres. O papel de todos é assegurar primados substanciais de cidadania em muito, mais muito além da construção liberal ilustrada.
Para tanto, a pesquisa da autora no intuito de esclarecer os dilemas dos nossos dias, e suas particularidades dinâmicas, fluídas e complexas, busca sempre indagações nos períodos anteriores. Através dessa metodologia, consegue associar o ser e o dever-ser de institutos absolutamente caros e preciosos, porém impossíveis de serem precificados.
A tônica que se empreende ao texto não se exaure na concepção de cidadania como direito político liberal ou como modelo aditivo para aquisição de nacionalidade. O que sintetizo da leitura é a condição de construção de mecanismos e instrumentos aptos a afastarem da marcha globalizadora atributos e expedientes de colonialismo e hegemonia geopolítica, a qual faz com autores de enorme envergadura, como Antonio Gramsci, Boaventura de Souza Santos e Adela Cortina.
Ao estabelecer essa premissa como coluna vertebral da sua investigação, Priscila Zilli Serraglio, capacita por meio do direito e da cidadania movimentos de mobilização global do Direito. Mobilização no sentido dado por Cecília MacDowell dos Santos, a qual os indivíduos deixam sua condição de inércia para reivindicarem, exigirem e apresentarem novos direitos em espaços não mais circunscritos pelo território em que vivem ou cujo nascimento foi registrado.
Não desejando mais prolongar a leitura do principal, espero que as interpretações do presente texto sejam marcadas por profundas e densas inquietações. Estou seguro que esse livro não foi pensado para os conformados e sossegados de espírito. Esse é um livro para inquietos…
Por fim, além da minha gratidão à Priscila por ter me propiciado uma segunda leitura após a defesa da sua dissertação, gostaria de saudar a essa casa editorial pela publicação da obra de sucesso garantido. Livros como esse nos dão esperança que o ensino e a pesquisa jurídica brasileira são profícuos.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Priscila Zilli Serraglio
- ASIN: B076KZ6TWG
- Editora: Deviant
- Idioma: Português
- Tamanho: 948 KB
- Nº de Páginas: 161
- Categoria: Direito
Amostra Grátis do Livro
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