DOCE INFÂNCIA: MEMÓRIAS
Por CARLOS AUGUSTO PRATES DE MENEZESRecordar nem sempre é ser saudosista..quando recordamos é sinal que tivemos bons e maus momentos na vida ,ou na pior das hipóteses tivemos uma vida.
Quando mergulho em minhas recordações percebo que realmente fui abençoado
por Deus ,e tenho uma história de vida ,pobre no sentido monetário ,porém rica em experiências singulares ,que são só minhas ,e que gostaria de repartir com você leitor amigo ,desejando que de alguma forma,você descubra que ,sua história e sua vida tem importância sim, e que suas recordações são um tesouro inigualável.
A COBRA E A RÃ ( Aos 10 anos)
Como disse meu pai era criador de porcos, que serviam parte pra alimentação e parte para venda reforçando a renda familiar.
Certa manhã próximo ao meio dia, fui levar lavagem aos porcos, nos chiqueiros que ficavam lá próximo a horta. Está era uma de minhas tarefas, enquanto misturava o farelo, milho e restos de comida para alimentar os porcos.
Fiquei arrepiado, quando comecei a ouvir um grunhido desesperado como que um gemido miado, que vinha do chiqueiro.
Apesar do susto fui devagarinho me aproximando, pra ver o que era pensei que a leitoa estive deitada em cima de um leitãozinho.
Puxei um cepo de madeira e subi pra enxergar dentro do chiqueiro, qual foi minha surpresa, a mais ou menos dois metros e meio do meu campo de visão.
em cima de um dos troncos que sustentavam o zinco que cobriam o chiqueiro, estava uma cobra verde de uns 40 cm de cumprimento enrolada de boca aberta, balançando – se lentamente.
A sua frente uns 50 cm no mesmo tronco, uma rã inchada gemendo, ou gritando sei lá.
Pulava lentamente em direção a cobra contei uns 5 pulos e no sexto ela estava sendo tragada pela cobra, ainda vi seus últimos movimentos desesperados mas já estava sendo engolida inteira.
Eu suava frio, saí correndo num impulso e voltei com minha funda empunhada, mas já era tarde apenas vi que a cobra havia desaparecido.
Eu suava e tremia como uma vara verde, muito assustado, entrei na cozinha e fui tomar água, meu pai que cozinhava junto ao fogão a lenha e me perguntou:
– Que foi está se sentindo mal.
Eu não conseguia falar, ele me ofereceu uma cadeira, e pegou água pra mim, mas tudo rodava ao meu redor acho que desmaiei pois quando abri os olhos.
Meu pai empunha uma garrafa com álcool junto ao meu nariz dizendo:
– Cheira mais um pouquinho, tossi e vomitei, isso eu lembro bem, foi um grande susto.
Depois mais calmo contei o que tinha visto no chiqueiro.
– E dizia mas porque a rã não fugiu, em vez disso pulou pra dentro da boca da cobra.
Então meu pai me explicou que era assim mesmo, as cobras hipnotizam as rãs, e se alimentam com elas.
Meu pai era um matuto sem letras, mas de uma calma que nem raios em dia de tempestade o perturbavam
Muitas vezes fiquei observando- o discretamente, hoje eu sei que eu o admirava, ele foi um bom pai.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): CARLOS AUGUSTO PRATES DE MENEZES
- ASIN: B01A4JMMHU
- Idioma: Português
- Tamanho: 2799 KB
- Nº de Páginas: 57
- Categoria: Biografias e Histórias Reais
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro DOCE INFÂNCIA: MEMÓRIAS, escrito por CARLOS AUGUSTO PRATES DE MENEZES. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.