Devolutos (A Tragédia Humana Livro 3)
Por José Humberto da Silva Henriques Mamulengos estava pronto em pouco tempo. Mas ainda houve muita história a ser percorrida até que se chegasse a esse mundo de definições romanescas. Isso virou alvoroço maior. Então, resolveram que o caminho mais esperto da inteligência era usar da força. Iam calar o Jumbinho. Conta Henriques que numa manhã de terça-feira ia até a redação do jornal, na rua Teófilo Otoni, bairro São Benedito, levava o capítulo seguinte do Dossiê Triângulo Mineiro. Foi recebido pelo editor de uma maneira nada prazerosa. O editor estava nervoso com ele. E o Jumbinho já tinha organizado a troca mercantil. Trocara o seu silêncio por certos favores e alguma coisa a mais. Diziam que era um Fiat Uno verde, mas isso é certeza que me escapa. Dizia o romancista. Foi assim que o Dossiê parou de chegar aos olhos e às casas de todos aquele que viviam no formoso Vale do Rio Grande.
Acontece que as reviravoltas acontecem e elas precisam ser usadas e apreciadas de forma inteligente. Fechada a boca do Jumbinho, veio à luz o segundo volume do Dossiê Triângulo Mineiro. E ainda havia assunto e matéria para um terceiro volume. J Humberto Henriques começou a dar visão ao livro Devolutos. Ampliava-se mais e mais aquele aranzel de futricas e mal-estares que vigiavam na terra, na região abençoada de Uberaba, Uberlândia e outras tributárias maravilhosas. Por haver motivos suficientes para temer, a violência começava a ameaçar, acaso algum político se sentisse por demais ofendido, pode ser que acontecesse alguma eventualidade contra o romancista. Houve ameaças. O escritor corria sério risco de morte. A coisa desandava e ficava feia. Todo cuidado era pouco.
Nenhum outro jornal iria publicar aquilo. Isso era mais que certo. Então, os grupos de movimentaram quais bichos na lama de ouro do Triângulo Mineiro. Aliás, continuaram a se movimentar. Ocorre que a situação do Dossiê Triângulo Mineiro era crítica. Dois volumes concluídos e nenhuma perspectiva de publicação. Duas mil páginas. 2000. E o que houve a partir desse momento foi a terrível insinuação de que aquilo nunca fora uma peça de delação política. Era uma peça de Literatura incomparável. Ao voltar e medir sobre seus próprios passos, Henriques se situou sobre uma criação estética realmente belíssima. E ainda havia mais espaço nas páginas para a realização e mais livros. Era preciso movimentar a cachola e concluir mais um volume. Aquilo era pouco demais. A sujeira estava às claras, era preciso aproveitar esse manancial, esse material, esse lance infernal. Nasceu o impacto novo e o Dossiê Triângulo Mineiro renasceu.
Porém, renasceu com outro nome. Era preciso retirar esse nome de Dossiê Triângulo Mineiro porque ficara a pecha entre os políticos de que o livro era por demais agressivo e delator. Estavam todos dependurados a partir daquela história que era deveras uma realidade nas alas políticas da região do Vale do Rio Grande. Estava quase concluído o terceiro volume. Devolutos. Mais um livro em trono de 800 páginas. Era assunto que não acabava mais. Era roubo que não tinha fim. Nepotismo. Escrúpulos rotos. Falsidade ideológica, furto. Etecetera e tal. Então, quando viu que tinha que realizar a façanha do quarto volume, esse dossiê se transformou em A Cartilha Escatocrática. Vinha à luz a continuidade e todo mundo soubera que o escritor desistira do empreendimento, mas se acaso continuasse a insistir com ele, por certo estaria jurado de morte. Era o mesmo dossiê que continuava, porém, agora satisfeito e pronto com um nome novo. A Cartilha Escatocrática.
Vivia naqueles dias em Uberaba um articulista ocasional de jornal, o amigo José Loubeh. Era sorveteiro. Tinha uma sorveteria na Avenida Leopoldino e Oliveira. Era português de nascimento, legítimo. Homem muito inteligente e agradável. Vivaz. Conta José Humberto Henriques que Loubé era politicamente bem arranjado, seus pensamentos forjavam-se pela justiça e integridade de caráter. Ele conhecia as poucas partes do Dossiê Triângulo Mineiro e dizia que era
Acontece que as reviravoltas acontecem e elas precisam ser usadas e apreciadas de forma inteligente. Fechada a boca do Jumbinho, veio à luz o segundo volume do Dossiê Triângulo Mineiro. E ainda havia assunto e matéria para um terceiro volume. J Humberto Henriques começou a dar visão ao livro Devolutos. Ampliava-se mais e mais aquele aranzel de futricas e mal-estares que vigiavam na terra, na região abençoada de Uberaba, Uberlândia e outras tributárias maravilhosas. Por haver motivos suficientes para temer, a violência começava a ameaçar, acaso algum político se sentisse por demais ofendido, pode ser que acontecesse alguma eventualidade contra o romancista. Houve ameaças. O escritor corria sério risco de morte. A coisa desandava e ficava feia. Todo cuidado era pouco.
Nenhum outro jornal iria publicar aquilo. Isso era mais que certo. Então, os grupos de movimentaram quais bichos na lama de ouro do Triângulo Mineiro. Aliás, continuaram a se movimentar. Ocorre que a situação do Dossiê Triângulo Mineiro era crítica. Dois volumes concluídos e nenhuma perspectiva de publicação. Duas mil páginas. 2000. E o que houve a partir desse momento foi a terrível insinuação de que aquilo nunca fora uma peça de delação política. Era uma peça de Literatura incomparável. Ao voltar e medir sobre seus próprios passos, Henriques se situou sobre uma criação estética realmente belíssima. E ainda havia mais espaço nas páginas para a realização e mais livros. Era preciso movimentar a cachola e concluir mais um volume. Aquilo era pouco demais. A sujeira estava às claras, era preciso aproveitar esse manancial, esse material, esse lance infernal. Nasceu o impacto novo e o Dossiê Triângulo Mineiro renasceu.
Porém, renasceu com outro nome. Era preciso retirar esse nome de Dossiê Triângulo Mineiro porque ficara a pecha entre os políticos de que o livro era por demais agressivo e delator. Estavam todos dependurados a partir daquela história que era deveras uma realidade nas alas políticas da região do Vale do Rio Grande. Estava quase concluído o terceiro volume. Devolutos. Mais um livro em trono de 800 páginas. Era assunto que não acabava mais. Era roubo que não tinha fim. Nepotismo. Escrúpulos rotos. Falsidade ideológica, furto. Etecetera e tal. Então, quando viu que tinha que realizar a façanha do quarto volume, esse dossiê se transformou em A Cartilha Escatocrática. Vinha à luz a continuidade e todo mundo soubera que o escritor desistira do empreendimento, mas se acaso continuasse a insistir com ele, por certo estaria jurado de morte. Era o mesmo dossiê que continuava, porém, agora satisfeito e pronto com um nome novo. A Cartilha Escatocrática.
Vivia naqueles dias em Uberaba um articulista ocasional de jornal, o amigo José Loubeh. Era sorveteiro. Tinha uma sorveteria na Avenida Leopoldino e Oliveira. Era português de nascimento, legítimo. Homem muito inteligente e agradável. Vivaz. Conta José Humberto Henriques que Loubé era politicamente bem arranjado, seus pensamentos forjavam-se pela justiça e integridade de caráter. Ele conhecia as poucas partes do Dossiê Triângulo Mineiro e dizia que era
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01MXTAKT6
- Idioma: Português
- Tamanho: 1248 KB
- Nº de Páginas: 456
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
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