CASA DO CALVÁRIO: Ensaio de um Dispositivo Turístico Rural Solarengo, revivalismos

Por PEDRO CARVALHO DE JESUS
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Numa visita ao mostruário turístico, já existia em Portugal um turismo rural elitista de solar ou casa apalaçada convivente e visível no investimento, do séc. XIX, como é exemplo a emblemática Sintra, convertendo-se no lugar ideal para os espíritos românticos, ainda que, por esta altura, de um incipiente “mercado” turístico português se tratasse. Quanto ao roteiro turístico e a sua agilização material e técnica, em si, alguns trabalhos de investigação indicam-nos que já existiam livrescos turísticos, apresentados em quatro línguas (Português, Francês, Inglês e Alemão), cujo método de planificação consistia: numa apresentação dando as boas-vindas aos visitantes de Sintra; depois, notas diversas geográficas e históricas; a seguir, sugestões de percursos, num primeiro plano, índices apresentados como um “pacote” de jornadas (3 dias, 5 dias), programando as manhãs e as tardes e já definindo em cada dia o que fazer nessa visita; num segundo plano, uma apresentação de cada circuito diário de uma forma mais detalhada. Finalmente, no final do programa, pelo menos no início do séc. XX, já eram expostas um rol de fotografias, as mais relevantes na sua monumentalidade ou do paisagismo ao seu redor. O “mercado” turístico romântico, vendido por cartilha em Sintra. Em suma, quando o século XIX se dispôs ao tema da identidade, já tinha ao seu alcance uma gama infindável de modalidades de activação e configuração de um mecanismo, cada mais disponível para assumir a sua valência de dispositivo turístico. De tal forma a sua capacidade, que será conduzido ao nacionalismo obsessivo que se entranhou na Primeira República e no autoritarismo do Estado Novo.

Para os republicanos, um bom cidadão devia conhecer bem o seu País, as suas tradições, o seu património. Portugal devia ser “visitado e amado por nacionais e estrangeiros”. A promoção da actividade turística, que dá neste período os seus primeiros passos, é feita da exaltação das paisagens e do património nacional. O turismo é encarado numa dimensão educativa, um meio para conhecer o País. A Sociedade Propaganda de Portugal e a Repartição de Turismo foram as principais responsáveis – através da publicação de guias, folhetos, brochuras e cartazes, em Português e noutras línguas – pela construção da imagem de Portugal como destino turístico.

É no âmbito dos “revivalismos” de matrizes turísticas, que atravessam o séc. XIX e se prolongam até ao Estado Novo, que se propõe construir uma ensaio crítico com o pragmatismo técnico e instrumental de uma proposta turística apresentada para um solar do séc. XVIII, da região de Aveiro, da família senhorial dos condes Taborda, para um tour contemporâneo coordenado sob financiamento do Portugal 2020. Uma proposta de consultoria cultural histórica e uma curadoria do projecto entre o solar e o cenário reestruturado da extensa propriedade contendo séculos de História..

Características do eBook

Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:

  • Autor(a): PEDRO CARVALHO DE JESUS
  • ASIN: B01MT9UOGR
  • Editora: PEDRO CARVALHO DE JESUS
  • Idioma: Português
  • Tamanho: 704 KB
  • Nº de Páginas: 12
  • Categoria: História

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