E
Sse livro de contos traz outra vez o romancista e poeta novamente ao seu patamar de contista exemplar. J Humberto Henriques produziu inúmeros volumes de contos e nunca perdeu a característica da habilidade diante desse gênero literário. Seria mesmo difícil estabelecer uma relação de efetividade, dizer em que gênero o autor se sobressai. Depois de publicar mais de cem romances e não se sabe quantos livros de poesia, outros tantos de contos e ainda outros gêneros, torna-se quase impossível – ou impraticável – a tarefa de achar parâmetros para escolha de tais preferências. Por ser dono de estilo único e produção catastrófica, comparar o romancista com outros escritores também nos parece ser tarefa inglória. Isso demandaria tempo e muito cuidado analítico.
Nesse livro, a invasão dos bicudos, o conto que dá o título ao compêndio traz de volta à narrativa henriquiana a fotografia de um tempo mais antigo, as terras do brejo bonito e do cruzeiro da fortaleza e além dali, as sedes maciças do Cocão. O autor chega a citar personagens existidos, como é mesmo o caso do senhor Eraldo Romão e dos dois caçadores de passarinhos canoros, o Duarte e o Agostinho. Parece haver um carinho exuberado do autor por tai personagens. Todo o entrecho é fictício, isso não deixa dúvidas. Porém, quando se remonta a algum nome, o espírito nomeado se liga ao todo e faz com que a história seja nomeada e iluminada através de feixes distintos e refrações de luz que chega de outros pontos. Com isso, amplia-se a palavra e suas possibilidades de tanger o belo para pontos estratégicos.
Por outro lado, A Invasão dos Bicudos é quase que um livro de memórias. O autor se permite fazer digressões entre pessoas e sobre elas, algumas que já percorreram esse mundo de maneira muito livre. A sede da fazenda Cocão não existe mais, mas o proprietário, aqui citado com grave distinção, é um retrato saudoso na memória dessas famílias de alta tradição do Cruzeiro da Fortaleza. J Humberto Henriques é nascido no distrito de Brejo Bonito, mas como ele mesmo cita, vira e mexe está a se ludibriar com esse amor notório que nutre pelo Cruzeiro. E não se sabe bem como ou por quê, já que a situação dos dois lugares é de grande rixa, isso desde os tempos da UDN e do PSD, quando a politiquice entre amos era aferrada e Nenê Siqueira mostrava os olhos claros de uma forma ortodoxa. Nenê Siqueira Henriques, a se ver que nada nesse planeta da Mata acontece por acaso.
Apenas um dos contos do livro é urbano. Os demais acorrem e se fazem ao longo desse universo portentoso do Alto Paranaíba, região largamente cantada pelo poeta, romancista e contista J Humberto Henriques. Os contos são sintéticos, buscam a correção da forma de se fazer conta de uma maneira magmática. São textos de natureza introspectiva e que remetem o leitor a uma consideração repetida dentro dos termos e dos movimentos que acabam por enlaçar a sua curiosidade. J Humberto Henriques é considerado grande mestre na arte do conto. Tido como um dos gêneros mais difíceis de toda a Literatura, o conto aqui é dominado em todos os seus arquétipos. Essa facilidade com o gênero vem desde os tempos em que o contista trabalhava somente com a Poesia pura e em seguida, devido às contingências da Criação, resolveu ampliar sua orla operacional e fazer prosa também.
Esta prosa de J Humberto Henriques, no princípio de seus primeiros romances, era uma escrita elitista e por isso mesmo foi considerada hermética. Entretanto, era apenas o estilo que se consolidava e os meandros dessa escrita altamente estética foram se demonstrando aos poucos, de tal sorte que o estilo saltava aos olhos e o prosado se aperfeiçoava mais e mais. Como é e sempre foi um produtor de quintessências, Henriques jamais deixou que aquele ranço poético favorável fizesse parte de todo o seu mundo criativo. Essa associação entre prosa e poesia é que acaba por corroborar tal estilo e ele se torna exclusivo de um dos maiores escritores do planeta. A cada dia um livro
Sse livro de contos traz outra vez o romancista e poeta novamente ao seu patamar de contista exemplar. J Humberto Henriques produziu inúmeros volumes de contos e nunca perdeu a característica da habilidade diante desse gênero literário. Seria mesmo difícil estabelecer uma relação de efetividade, dizer em que gênero o autor se sobressai. Depois de publicar mais de cem romances e não se sabe quantos livros de poesia, outros tantos de contos e ainda outros gêneros, torna-se quase impossível – ou impraticável – a tarefa de achar parâmetros para escolha de tais preferências. Por ser dono de estilo único e produção catastrófica, comparar o romancista com outros escritores também nos parece ser tarefa inglória. Isso demandaria tempo e muito cuidado analítico.
Nesse livro, a invasão dos bicudos, o conto que dá o título ao compêndio traz de volta à narrativa henriquiana a fotografia de um tempo mais antigo, as terras do brejo bonito e do cruzeiro da fortaleza e além dali, as sedes maciças do Cocão. O autor chega a citar personagens existidos, como é mesmo o caso do senhor Eraldo Romão e dos dois caçadores de passarinhos canoros, o Duarte e o Agostinho. Parece haver um carinho exuberado do autor por tai personagens. Todo o entrecho é fictício, isso não deixa dúvidas. Porém, quando se remonta a algum nome, o espírito nomeado se liga ao todo e faz com que a história seja nomeada e iluminada através de feixes distintos e refrações de luz que chega de outros pontos. Com isso, amplia-se a palavra e suas possibilidades de tanger o belo para pontos estratégicos.
Por outro lado, A Invasão dos Bicudos é quase que um livro de memórias. O autor se permite fazer digressões entre pessoas e sobre elas, algumas que já percorreram esse mundo de maneira muito livre. A sede da fazenda Cocão não existe mais, mas o proprietário, aqui citado com grave distinção, é um retrato saudoso na memória dessas famílias de alta tradição do Cruzeiro da Fortaleza. J Humberto Henriques é nascido no distrito de Brejo Bonito, mas como ele mesmo cita, vira e mexe está a se ludibriar com esse amor notório que nutre pelo Cruzeiro. E não se sabe bem como ou por quê, já que a situação dos dois lugares é de grande rixa, isso desde os tempos da UDN e do PSD, quando a politiquice entre amos era aferrada e Nenê Siqueira mostrava os olhos claros de uma forma ortodoxa. Nenê Siqueira Henriques, a se ver que nada nesse planeta da Mata acontece por acaso.
Apenas um dos contos do livro é urbano. Os demais acorrem e se fazem ao longo desse universo portentoso do Alto Paranaíba, região largamente cantada pelo poeta, romancista e contista J Humberto Henriques. Os contos são sintéticos, buscam a correção da forma de se fazer conta de uma maneira magmática. São textos de natureza introspectiva e que remetem o leitor a uma consideração repetida dentro dos termos e dos movimentos que acabam por enlaçar a sua curiosidade. J Humberto Henriques é considerado grande mestre na arte do conto. Tido como um dos gêneros mais difíceis de toda a Literatura, o conto aqui é dominado em todos os seus arquétipos. Essa facilidade com o gênero vem desde os tempos em que o contista trabalhava somente com a Poesia pura e em seguida, devido às contingências da Criação, resolveu ampliar sua orla operacional e fazer prosa também.
Esta prosa de J Humberto Henriques, no princípio de seus primeiros romances, era uma escrita elitista e por isso mesmo foi considerada hermética. Entretanto, era apenas o estilo que se consolidava e os meandros dessa escrita altamente estética foram se demonstrando aos poucos, de tal sorte que o estilo saltava aos olhos e o prosado se aperfeiçoava mais e mais. Como é e sempre foi um produtor de quintessências, Henriques jamais deixou que aquele ranço poético favorável fizesse parte de todo o seu mundo criativo. Essa associação entre prosa e poesia é que acaba por corroborar tal estilo e ele se torna exclusivo de um dos maiores escritores do planeta. A cada dia um livro
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B087D6CJKD
- Idioma: Português
- Tamanho: 1638 KB
- Nº de Páginas: 135
- Categoria: Contos
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A Invasão dos Bicudos, escrito por José Humberto da Silva Henriques. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.