A inteligência humana em declínio: Manual de Sobrevivência
Por Adailton Melo Vivemos em uma época na qual estamos rodeados das mais primorosas possibilidades que a alta tecnologia nos fornece. Nunca antes, houve tanta circulação de informação. Podemos ter à nossa disposição, em qualquer tempo e a qualquer hora, acesso praticamente irrestrito a todo tipo de informação bem na palma das nossas mãos, ou melhor, na ponta dos nossos dedos.
Também nunca houve tanta oportunidade de escolha em termos de entretenimento de consumo instantâneo. Pequenos momentos de tédio rapidamente são encarados como algo insuportável e inconcebível para a maioria de nós. A internet e a era digital elevaram as atividades e as relações humanas a um patamar de eficiência, onipresença e instantaneidade jamais visto.
A conectividade das redes sociais modificou a percepção humana a respeito do tempo, das distâncias e até mesmo da morte. É como se pudéssemos estar presentes em vários lugares ao mesmo tempo. Não é mais possível nos imaginarmos totalmente sozinhos, visto que, até mesmo quando estamos confinados e isolados em um quarto fechado, ainda assim podemos manter contato simultâneo com diversas pessoas ao redor do mundo.
Meu sobrinho Yan, nascido na década de 1990 e de idade próxima à do meu filho mais velho, não consegue compreender como eram tão comuns as histórias de pessoas que simplesmente “sumiam” no mundo, sem deixar qualquer pista de aonde foram. Ele não entende como alguém não pode ser encontrado porque hoje estamos todos conectados de alguma maneira o tempo inteiro.
Os pais desta atual geração acreditam que seus filhos são verdadeiros gênios. Isso porque suas crianças dominam muito bem e desde muito jovem todas as evoluções tecnológicas, enquanto os próprios pais derrapam feio na tentativa de acompanhá-los. Os pequeninos manuseiam tablets e smartphones bem antes de conhecerem livros físicos ilustrados. É um caminho sem volta, e esses processos tendem a multiplicar-se cada vez mais.
Os nossos inseparáveis companheiros, os smartphones, gerenciam a nossa vida e nos ajudam na execução de diversas atividades, desde assistir a vídeos “bobinhos” no Whatsapp, fazer compras on-line, movimentação bancária até rastrear a localização de pessoas. E não é que já houve um tempo em que os telefones só faziam chamadas de voz?
Seguindo esse raciocínio, poderíamos chegar à conclusão de que a humanidade está cada vez mais inteligente, não é verdade? Eu diria que… Talvez! A questão não é tão simples assim.
Temos de observar que a maioria de nós não para, nem que um pouquinho, para refletir a respeito disso. A evolução tecnológica e as facilidades modernas estão atrofiando não apenas o corpo do ser humano, mas, principalmente, a sua mente. Estamos a uma velocidade alucinante rumo a um estilo de vida artificial e antifisiológico, em que perdemos a noção das nossas reais necessidades enquanto seres humanos – já que o nosso DNA ainda é o mesmo de seis mil anos atrás.
Além disso, devemos levar em conta que, até pouco mais de cem anos atrás, a referência de contagem do tempo era o clarear do dia e o anoitecer. Uma divisão mais minuciosa não passava de manhã, tarde e noite. Hoje, acompanhamos até a passagem dos segundos. Isso é muito bem retratado no filme O Náufrago, estrelado pelo ator Tom Hanks. Apesar de ser uma ficção, a história nos leva a refletir muito a respeito disso.
Como nasci no finalzinho da década de 1970, vi o mundo digital surgir, desenvolver-se e popularizar-se. Nessa lacuna de tempo, vivenciei e observei atentamente as transformações abissais que o mundo sofreu. A popularização das midias e dispositivos digitais modificou a capacidade produtiva e o comportamento do ser humano. Nem a primeira revolução industrial causou transformações tão profundas e rápidas assim.
Também nunca houve tanta oportunidade de escolha em termos de entretenimento de consumo instantâneo. Pequenos momentos de tédio rapidamente são encarados como algo insuportável e inconcebível para a maioria de nós. A internet e a era digital elevaram as atividades e as relações humanas a um patamar de eficiência, onipresença e instantaneidade jamais visto.
A conectividade das redes sociais modificou a percepção humana a respeito do tempo, das distâncias e até mesmo da morte. É como se pudéssemos estar presentes em vários lugares ao mesmo tempo. Não é mais possível nos imaginarmos totalmente sozinhos, visto que, até mesmo quando estamos confinados e isolados em um quarto fechado, ainda assim podemos manter contato simultâneo com diversas pessoas ao redor do mundo.
Meu sobrinho Yan, nascido na década de 1990 e de idade próxima à do meu filho mais velho, não consegue compreender como eram tão comuns as histórias de pessoas que simplesmente “sumiam” no mundo, sem deixar qualquer pista de aonde foram. Ele não entende como alguém não pode ser encontrado porque hoje estamos todos conectados de alguma maneira o tempo inteiro.
Os pais desta atual geração acreditam que seus filhos são verdadeiros gênios. Isso porque suas crianças dominam muito bem e desde muito jovem todas as evoluções tecnológicas, enquanto os próprios pais derrapam feio na tentativa de acompanhá-los. Os pequeninos manuseiam tablets e smartphones bem antes de conhecerem livros físicos ilustrados. É um caminho sem volta, e esses processos tendem a multiplicar-se cada vez mais.
Os nossos inseparáveis companheiros, os smartphones, gerenciam a nossa vida e nos ajudam na execução de diversas atividades, desde assistir a vídeos “bobinhos” no Whatsapp, fazer compras on-line, movimentação bancária até rastrear a localização de pessoas. E não é que já houve um tempo em que os telefones só faziam chamadas de voz?
Seguindo esse raciocínio, poderíamos chegar à conclusão de que a humanidade está cada vez mais inteligente, não é verdade? Eu diria que… Talvez! A questão não é tão simples assim.
Temos de observar que a maioria de nós não para, nem que um pouquinho, para refletir a respeito disso. A evolução tecnológica e as facilidades modernas estão atrofiando não apenas o corpo do ser humano, mas, principalmente, a sua mente. Estamos a uma velocidade alucinante rumo a um estilo de vida artificial e antifisiológico, em que perdemos a noção das nossas reais necessidades enquanto seres humanos – já que o nosso DNA ainda é o mesmo de seis mil anos atrás.
Além disso, devemos levar em conta que, até pouco mais de cem anos atrás, a referência de contagem do tempo era o clarear do dia e o anoitecer. Uma divisão mais minuciosa não passava de manhã, tarde e noite. Hoje, acompanhamos até a passagem dos segundos. Isso é muito bem retratado no filme O Náufrago, estrelado pelo ator Tom Hanks. Apesar de ser uma ficção, a história nos leva a refletir muito a respeito disso.
Como nasci no finalzinho da década de 1970, vi o mundo digital surgir, desenvolver-se e popularizar-se. Nessa lacuna de tempo, vivenciei e observei atentamente as transformações abissais que o mundo sofreu. A popularização das midias e dispositivos digitais modificou a capacidade produtiva e o comportamento do ser humano. Nem a primeira revolução industrial causou transformações tão profundas e rápidas assim.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Adailton Melo
- ISBN-10: 6590181918
- ISBN-13: 978-6590181916
- ASIN: B094664BF7
- Idioma: Português
- Tamanho: 1533 KB
- Nº de Páginas: 342
- Categoria: Autoajuda
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A inteligência humana em declínio: Manual de Sobrevivência, escrito por Adailton Melo. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.