A Doença da Frase: A Gramática do Caos na Poesia de Manoel de Barros
Por Maria Luiza PavanThe Disease of Phrase – The Grammar of Chaos in Poetry
Há algum tempo a humanidade vem se iluminando
para um novo pensamento.
A Teoria do Caos participa desse projeto, dividindo
a história humana em duas eras: a da ciência cartesiana e a da ciência caótica dinâmica.
Um Caos que pede revisão no sentido de seu termo,
assim como para tudo o que conhecemos.
(…)
A poesia coloca o ser diante das ‘coisas do mundo’
e, por conseguinte, diante da verdade, do Caos.
(…)
o sistema linguístico compõe o conjunto de sistemas complexos do mundo, cujas características principais são a complexidade e o caráter de constante mutação e re-
organização.
O que é manifesto, o que é ‘forma’ é organizado
por uma gramática viva, dinâmica:
a Gramática do Caos.
(Maria Luiza Pavan)
“É vasta a literatura e abundantes os debates que tratam da questão das relações entre “a gramática” e a criatividade linguística. E colocou-se “a gramática” aspeada precisamente porque o engano parte, frequentemente, daqui: pensar-se que Gramática deve ser inequivocamente entendida no sentido tradicional normativista, como o conjunto das regras do “falar correto”, seguidor de um padrão invariável, repetidor de modelos tidos como ideais, o que levaria a que todas as realizações da língua que não seguissem o padrão fossem vistas como erradas, “doentes”. E a poesia não seria mais do que um conjunto de frases desviantes e por isso mesmo, doentes.
O texto de Maria Luiza Pavan parte precisamente da constatação da falsidade desta posição: é a gramática que faz com que a poesia se possa erguer. Mas, obviamente, se é assim, então não é da mesma “gramática” que tratamos. É que a gramática que permite a poesia não é a normativa tradicional, nem sequer uma das de caráter estruturalista ou gerativista. Tem de ser uma gramática que aceite a criatividade, mesmo a aparentemente mais estranha, uma gramática para quem, como dizia Vergílio Ferreira, um erro é uma verdade à espera de vez. (…)
Esta análise da obra de Manuel de Barros que Maria Luiza Pavan apresenta é um ótimo contributo para se repensar a questão das relações entre a literariedade e a norma linguística, entre a pretensa agramaticalidade dos usos e o caráter não previsível que a criatividade linguística pode abarcar. ” (José Teixeira – Universidade do Minho, Portugal)
1. Ciência 2. Linguagem 3. Gramática 4. Caos 5. Poesia 6. Manoel de Barros
1. Science
1. Linguagem 2. Linguística 3. Estética 4. Língua 5. Criatividade 6. Teoria do Caos
7. Sistemas Complexos e Dinâmicos 8. Gramática 9. Poesia 10. Manoel de Barros 11. Gramaticalização
12. Aquisição da Linguagem 13. Cognição
1. Language 2. Linguistics 3. Aesthetics 4. Language 5. Creativity 6. Chaos Theory
7. Complex and Dynamic Systems 8. Grammar 9. Poetry 10. Manoel de Barros 11. Grammaticalization
12. Language Acquisition 13. Cognition
Capítulo 1 – O Caos e a Linguagem
1.1 Teoria do Caos e a concepção do anômalo
1.2 A Língua como multissistema complexo
Capítulo 2 – O Discurso Poético
2.1 e esse vazio… é buraco ou porta?
2.2 A linguagem viva: matéria fluida
2.3 Caos, verdade e poesia
2.4 Palavra: a loucura dos signos
Capítulo 3 – O Metadiscurso Poético
3.1 A Agramática: a doença da frase, a doença da língua
3.1.1. Na infância da língua
3.1.2. O Ilogismo da Racionalidade Estética
Chapter 1 – Chaos and Language
1.1 Chaos theory and the anomalous conception
1.2 Language as a complex multisystem
Chapter 2 – The Poetic Speech
2.1 and this emptiness … is it hole or door?
2.2 Living language: fluid matter
2.3 Chaos, truth and poetry
2.4 Word: The Madness of Signs
Chapter 3 – The Poetic Metadiscourse
3.1 Agramática: the disease of the sentence, the disease of the language
3.1.1. In the language childhood
3.1.2. The Illogic of Aesthetic Rationality
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Maria Luiza Pavan
- ASIN: B07YNB6VDX
- Idioma: Português
- Tamanho: 5525 KB
- Categoria: Ciências
Amostra Grátis do Livro
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