Vidas singulares: Reportagens e perfis (Estórias Jornalísticas Livro 1)

Infelizmente, aos poucos, o cotidiano se tornou pálido no jornalismo por causa da objetividade. Os dados dos fatos se sobrepõem à vida do fato. Por isso não contamos as histórias do cotidiano, mas só os fatos. E é isso que tornou o jornalismo tão vulnerável no século XXI.
A única solução para isso é um retorno ao jornalismo literário que se demonstrou tão em voga com o chamado New Journalism. Um jornalismo que se reconectou com a literatura.
Ora, o jornalismo concentra o valor social de contar as histórias ditas factuais, ou seja, aquelas que abordam a realidade e o seu presente temporal. Além disso, é através do jornalismo que sabemos de histórias distantes, de lugares que nunca iremos, bem como aquilo que ocorre bem debaixo dos nossos narizes. Muitas delas sabemos de um jeito onde há uma colaboração plena entre a forma literária e o conteúdo jornalístico.
O presente livro é composto de reportagens e perfis que exemplificam este movimento textual. Textos que nos apresentam vidas singulares, que mostram personagens únicos, paradigmáticos, ao invés de meros fatos.
Afinal de contas, é através das informações que os jornalistas veiculam que tomamos noção que a nossa humanidade está no outro, especialmente naquele muito distante de nós. O jornalismo literário, com seu hibridismo, cumpre essa função com amplo interesse social.
Este livro contém os textos:
“O jornalismo literário ainda é possível”, de Rafael Duarte Oliveira Venancio
“Lendas não morrem, deixam legado”, de Isabela Silveira
“Maria nunca Dantas”, de Ana Luiza Figueiredo
“O que eu levei das Olimpíadas”, de Juliana Izabel Evangelista
“Onde as ruas não têm nome”, de Samantha Loren
“A morte não veste preto”, de Bruna Lie Kasama
“Bertioga engoliu o último demônio”, de Halyson Vieira Santos
“Sonhos interrompidos”, de João Junior
“E tudo que é ar se dissolve no sólido”, de Luciana Pontes
“Efeito borboleta”, de Lorraynne Oliveira