Verônica – Uma vida simples

Ego esse que com o decorrer dos anos foi o causador de sua ruína, e bem lá no fundo, sem amigos, sem absolutamente nada, nem um teto para morar, ela se deu conta de que errou a vida toda. Poderia ter mudado sua vida e seu destino. Mas preferiu viver sobre a ignorância e a soberba que a acompanhou, mesmo depois da morte. Chegando “lá em cima” é que se deu conta que fracassara mais uma vez.

As lembranças voltaram à tona como uma bala — de arma de fogo — estraçalhando o peito. De nada adiantou reencarnar, pois, com livre arbítrio que lhe foi concedido, escolheu uma vida de luxúria, soberba e tantos outros pecados. Só reencarnando percebeu que não evoluiu nem um pouco, somente atrasou mais ainda sua evolução.
Sendo assim lhe foi concedido reencarnar novamente de um jeito mais sofrido, sem muita estrutura, ela — Verônica — escolheu assim. E assim, se foi mais uma vez tentar a evolução do seu espírito, de sua alma tão atormentada.

— E por qual razão essas coisas acontecem? É a pergunta de Verônica ao se questionar porque tamanha dificuldade aqui na terra…