Uma noite angustiante

O hotel em si era uma construção majestosa, com uma fachada imponente que se destacava no cenário desolado. Suas paredes de pedra cinza-escuro pareciam guardar segredos antigos, enquanto janelas com vitrais em padrões intrincados adicionavam um toque de mistério à sua aparência. Era evidente que aquele lugar já havia vivido tempos melhores.

Ao entrar, fui recebido por uma mulher na casa dos seus 50 anos, cujo semblante refletia uma mistura de tristeza e determinação. Ela tinha os cabelos grisalhos cuidadosamente penteados, e seus olhos cansados carregavam a marca da recente perda que havia sofrido. Era a viúva do antigo proprietário do hotel, que havia falecido há pouco mais de cinco meses.

Ao seu lado, estava sua filha, uma jovem de expressão delicada, que demonstrava uma mistura de timidez e responsabilidade além de sua idade. Juntas, mãe e filha se esforçavam para tocar aquele lugar, apesar de não estarem acostumadas com a árdua tarefa de administrar um hotel tão grande e luxuoso.

Apesar do esplendor do hotel, era evidente que a manutenção e os serviços estavam em um estado precário. Alguns lustres estavam apagados, móveis antigos mostravam sinais de desgaste e a lareira no saguão principal permanecia apagada, deixando o ambiente com uma atmosfera ainda mais sombria.