Um Romance de Inverno

Durante um período em que todos acreditam na mudança para um mundo melhor, uma jovem alemã judia ortodoxa chamada Hannah começa a anotar em seu diário as várias experiências que começara a ter quando conhece Aleksander, um russo apaixonado por história. A partir daí, ambos se apaixonam um pelo outro até que a jovem descobre livros sobre aspectos místicos, e começa a ler sem parar por um breve período, o que faz com que acabe acontecendo o que ela nunca pensara que ocorreria com ela própria. Ela teria muita dificuldade em reencontrar Aleksander e o pai, que deixara de lado por um tempo. Enquanto isso, Johann, de vinte e três anos, seu irmão, um estudioso de simbolismo e judaísmo, encontra uma jovem que se apaixona profundamente, e dentro de poucos dias busca casar com ela. Mas há um problema, enquanto todos acreditam que o mundo será um lugar melhor, o antissemitismo aumenta, quando é estabelecido um tribunal na cidade de Erzhausen que julgaria todos conforme leis teocráticas, após Israel ser invadido por povos que haviam estabelecido paz com ele.
O livro traz à tona a loucura do mundo, a imprecisão dos sujeitos, questões como o fato de que abrir pequenas brechas da realidade podem se tornar problemas enormes ao longo dos dias retratados, no caso de Hannah, quando toma conhecimento de vários misticismos, além do fato de que a todo momento, as cenas e histórias são cercadas de conspirações, enganos e desilusões.
O romance é inovador, porque é como a morte de um personagem principal e o surgimento de um novo, ele ultrapassa o senso comum, ele eleva a categoria quando substitue um romance por outro, abordando o aspecto da completude de gênero, e da simplicidade do amor, sem loucuras, sem o racionalismo e o platonismo. Além disso, a cultura judaica como pano de fundo, como a cabalá, e o ortodoxismo, ajudam a explicar uma realidade leve, tranquila e cheia de questões abertas, e possibilidades. inimagináveis, em suma um romance de inverno.