Um encontro no alvorecer da humanidade

“Ainda com fome, perambulando pelos entornos da caverna, resolveu arriscar-se por um outro caminho, em direção ao oeste. Apesar de ser daquele lado que vinham os maiores predadores, precisava encarar o perigo e ir a busca de comida. Nunca sobrava nada do dia anterior, vivam cada dia do que conseguiam e não tinham nada garantido para o futuro.
Andando por alguns quilômetros, com o sol já mais alto, sentindo calor e sede, viu a frente, a uma boa distância, uma coisa que lhe despertou interesse. Olhou em volta mais uma vez e não vendo nenhuma ameaça, correu, chegando logo a um animal quadruplete, caído morto, com a barriga aberta a dentadas. Sentiu vontade de comer, e antes que percebesse realmente o que estava fazendo, já tentava arrancar pedaços de carne crua (e ele não conhecia outro tipo de carne) com as mãos e atacava com os dentes em beiradas de ossos de costela. Então parou, sentindo um barulho de respiração forte e um rugido.”

Uma família do que convencionamos chamar de homens das cavernas, tendo um encontro decisivo, em meio a luta contra predadores, a fome e sua dificuldade de se entender o mundo e sua própria condição.