Um Elefante na Sala: Contos Reunidos

Tempos obscuros estes em que a realidade óbvia e inescapável é como Um Elefante na Sala: pandemia, isolamento social, crises governamentais. Incomodados diante do horizonte carregado de nuvens escuras e ameaçadoras, buscamos saídas. Para vencer esta guerra contra inimigos visíveis e invisíveis, combatemos o bom combate com a Arte do Dizer e construímos trincheiras de onde resistimos. Armas? A palavra inventada, a imaginação solta. A exemplo de Graciliano Ramos, acreditamos que “A primeira coisa que nos diz uma obra de arte é que o mundo da liberdade é possível, e isso nos dá força para lutar contra o mundo da opressão”. Alado, pintado, branco, azul, alegre, raro, sagrado, o elefante vai evocar saberes ocultos tanto nos porões como nos desvãos de nossa humanidade. O elefante de cada um é a luz do farol que orienta a travessia pelo mar da letalidade. É metáfora radiante, necessária para fazer emergir emoções há muito esquecidas. Este livro se pretende “tenda”, para que todos os elefantes, como os galos de João Cabral de Melo Neto, teçam o amanhã.