Um Conto das Maldições do Cervo Invernal

Sinopse: Após sofrerem um acidente em um bosque soturno, dois garotos de uma aldeia escondida tem a opção de seguirem vivendo. Contanto, que tenham um desejo atendido…

Josh, por gostar muito da infância, deseja ser uma criança para sempre. Já Friedrich, por ter outra visão da infância, deseja crescer e se tornar um grande homem.

A partir daí, Josh, que não muda mais um fiapo sequer, começa sua jornada à procura de seu amigo que partiu da aldeia em que moravam. Uma busca que se inicia às vésperas da Primeira Grande Guerra e que durará mais de cem anos, num mundo implacável com quem não acompanha suas mudanças.

Essa é a premissa de Um Conto das Maldições do Cervo Invernal, uma história sobre a inevitável passagem das coisas e a procura por aquilo que nunca mais será o mesmo.

“Nunca nos curamos da infância”

Essa frase resume, de certa forma, o tema central de “Um conto das maldições do Cervo Invernal” do autor L. C. Roman. Um livro que conta a lúdica, angustiante e incansável busca de Josh, um garoto que desejou não crescer mais, por seu amigo Friedrich, que desejou tornar-se o oposto.

Através de uma narrativa que num primeiro momento assemelha-se com uma história infantil, o livro esbarra em temas relacionados à infância que só podem ser compreendidos quando já nos afastarmos dela. Afinal, a longa busca de Josh por seu amigo trata sobre a implacável impermanência de tudo. Sobre a incapacidade de determos as mudanças, e o que perdemos ao tentarmos isso. Mas antes de tudo, a intenção é de entreter, oferecendo uma história com movimento, longa, e que parece curta ao se terminar de ler. Uma história que não frustra o leitor em se sentir triste ou alegre. Na qual as reflexões são mais efeitos colaterais do próprio enredo do que seu fim em si.