Um bacamarte chamado Canário: Romance baseado na vida de Vicente Lopes Vidal de Negreiros

Vicente Lopes Vidal de Negreiros viveu a maior parte dos seus dias na primeira metade do Século XIX, tempo em que, por ausência do poder público nos sertões, as questões se resolviam no berro dos bacamartes.
Filho de abastado fazendeiro da região de Tamboril, era generoso, de índole pacífica, e dedicação extrema a seus amigos em cuja defesa não media esforços. Por esta razão, e por sua extraordinária coragem criou, em torno de si, uma atmosfera de respeito e admiração.
Naquela época, os Mourões se arvoravam de dungas e espalhavam o terror na zona oeste da província.
Em defesa própria, dos amigos, e contra as injustiças e danos que praticavam, Vicente voltou-se contra eles, e não perdia chance de lhes fustigar o orgulho e lhes infringir derrotas, através, através de estratégias memoráveis. Isso lhe trouxe a fama de homem destemido.
Um incidente ocorrido no Natal de 1830, em São Gonçalo da Serra dos Cocos, do qual resultaram duas mortes, agravou a já forte inimizade e foi o estopim de uma “guerra” que durou quinze anos, povoada de lances dramáticos.
Acompanhe a narração, feita pelo próprio personagem, na linguagem da época.