Trilhas Secas: Os cordões do fantoche!

Os Cordões do Fantoche

Por que fazemos o que fazemos, e do modo como fazemos? O que nos impulsiona em direções tão diferentes e muitas vezes contraditórias entre si? Qual a raiz de atitudes tão antagônicas vindas aparentemente da mesma pessoa? Como pode da mesma fonte brotar água doce e salobra?

Algo deve estar profundamente muito confuso em nosso ser. Quem está no controle de minhas ações? Por que faço sempre a mesma coisa mesmo sabendo que aquilo vai me prejudicar? Que poder de convencimento é esse que age sobre mim, me fazendo negligenciar minha própria integridade?

Este livro é resultado de investigações pessoais sobre os motivos que alimentam minhas ações e revela a descoberta de ‘cordões invisíveis’ que nos conduzem como fantoches humanos e nos mantém espectadores de nossa própria vida. Revela as forças poderosas e ocultas que agem por trás da raiva, do medo, da submissão e do anseio, decidindo, de antemão, nossas escolhas. Desnuda o ser diante dele mesmo. É um livro para corajosos, para quem se decidiu ver a si mesmo como realmente é, sem as maquiagens que enaltecem nossas belezas e escondem nossas mais profundas cicatrizes. Não é um livro para lhe deixar feliz, mas para lhe tornar consciente de sua própria loucura. Você não ficará louco. Você É louco. Dentro de você está ocorrendo uma guerra. Você nasceu com ela e agora não sente sua presença, da mesma forma que não consegue sentir o efeito da gravidade sobre seu corpo, mas ela está aí, produzindo seus efeitos. Apenas expondo e tornando-se consciente dessa guerra e dessa loucura é que você poderá decidir o que fazer com ela.
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O Pano de Fundo

Por trás de toda ação existe a força ilusória da expectativa de satisfação, funcionando como pano de fundo para os cordões invisíveis dos anseios que determinam nossos atos. Até mesmo uma reação violenta, como a raiva, por exemplo, esconde no seu íntimo, a esperança de satisfação frente a uma determinada situação indesejada. A reação violenta nos aparece como um apelo forte, uma opção de nos livrarmos da frustração. Essa é a barganha que ocorre nos bastidores do nosso subconsciente; exploda de raiva e livre-se da insatisfação. Momentaneamente isso resolve. No entanto surgirá novamente. E novamente a agressividade será escolhida como rota de fuga, como descarte do lixo interno, como paliativo, anestésico emocional. Então um caminho no cérebro foi criado. Um padrão, um hábito. E cada vez que você passa por ele, mais profundo ele fica. Mais difícil fica de evitá-lo. É como uma estrada carroçável; o carro seguinte segue a trilha do carro anterior e o próximo se vê obrigado a seguir o mesmo trajeto porque o sulco na terra é profundo demais. Criou-se um padrão, um ciclo que se fortalece cada vez mais, toda vez que você cede a ele. Em pouco tempo você mesmo dirá ‘eu sou assim mesmo’ ou ‘essa minha personalidade, uma personalidade agressiva’, sem se dar conta de que simplesmente segue guiado por padrões estabelecidos no seu subconsciente. Não é você explodindo de raiva. É você, seguindo inconscientemente, o sulco na terra do seu subconsciente, impresso pelo hábito.
A raiz de todo o ser

O medo é o elemento mais profundo e determinante em nosso ser. Desde o nosso nascimento, é o medo que impulsiona todas as nossas ações. No entanto isso está soterrado tão profundamente em nosso subconsciente por meio de motivos tão diversos entre si que raramente alguém consegue perceber essa realidade fundamental sobre a qual erguemos toda uma muralha de hábitos e padrões, todos trabalhando em conjunto com um único objetivo: buscar segurança para nosso sentido de ‘eu’.
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Desfrute enquanto passa

Tudo passa. Tudo se transforma. Tudo que tem um início visível tem um fim visível. Tudo é transitório, passageiro. Eu sei tudo isso já virou clichê. No entanto é a mais pura verdade. E se é verdade, qual a implicação disso na forma como nos relacionamos com o mundo?