Toma lá, dá cá: Como a troca de favores moldou a sociedade e o jornalismo no Brasil
Por Maurício Oliveira Este livro resulta de um mergulho profundo em um personagem que se mostrou simbólico de como se dava a troca de favores na sociedade brasileira na virada do Século 19 para o Século 20.
Os ideais republicanos de igualdade e de valorização dos méritos prometiam modificar o quadro, mas o que se verificou foi o inverso: as relações desse tipo ganharam ainda mais força.
Essa mesma lógica movia os bastidores da imprensa. Os jornalistas e literatos estavam inseridos nas mais diversas instâncias de poder, seja ocupando cargos na estrutura governamental, seja em articulações envolvendo a opinião pública.
Colaborador constante de jornais e revistas por mais de quatro décadas, o diplomata e historiador pernambucano Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) se relacionou com os nomes mais proeminentes da vida cultural brasileira à época.
Mesmo com a peculiaridade de ter passado a maior parte da vida longe do Brasil, ele pode ser considerado um personagem típico do ambiente intelectual da Primeira República (1889-1930).
Nesse período imediatamente posterior à troca do sistema de governo, em que toda a estrutura de poder estava sendo reacomodada, práticas como a adulação e o compadrio mediaram as relações e institucionalizaram-se como estratégias de ascensão social.
Assim, o jornalismo despontava, desde cedo, como uma forma de aproximá-lo do país natal e de levá-lo a contatos que poderiam abrir portas no futuro.
Ao articular com habilidade o exercício do jornalismo aos seus projetos de vida, o jovem Oliveira Lima descobriu que poderia utilizar o espaço na imprensa como trunfo para a conquista de vantagens pessoais.
Conhecer mais a fundo os bastidores da imprensa e da sociedade daquela época nos leva inevitavelmente a pensar em quanto a forma de agir e de pensar de Oliveira Lima e de seus contemporâneos continua vigente no Brasil de hoje.
Os ideais republicanos de igualdade e de valorização dos méritos prometiam modificar o quadro, mas o que se verificou foi o inverso: as relações desse tipo ganharam ainda mais força.
Essa mesma lógica movia os bastidores da imprensa. Os jornalistas e literatos estavam inseridos nas mais diversas instâncias de poder, seja ocupando cargos na estrutura governamental, seja em articulações envolvendo a opinião pública.
Colaborador constante de jornais e revistas por mais de quatro décadas, o diplomata e historiador pernambucano Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) se relacionou com os nomes mais proeminentes da vida cultural brasileira à época.
Mesmo com a peculiaridade de ter passado a maior parte da vida longe do Brasil, ele pode ser considerado um personagem típico do ambiente intelectual da Primeira República (1889-1930).
Nesse período imediatamente posterior à troca do sistema de governo, em que toda a estrutura de poder estava sendo reacomodada, práticas como a adulação e o compadrio mediaram as relações e institucionalizaram-se como estratégias de ascensão social.
Assim, o jornalismo despontava, desde cedo, como uma forma de aproximá-lo do país natal e de levá-lo a contatos que poderiam abrir portas no futuro.
Ao articular com habilidade o exercício do jornalismo aos seus projetos de vida, o jovem Oliveira Lima descobriu que poderia utilizar o espaço na imprensa como trunfo para a conquista de vantagens pessoais.
Conhecer mais a fundo os bastidores da imprensa e da sociedade daquela época nos leva inevitavelmente a pensar em quanto a forma de agir e de pensar de Oliveira Lima e de seus contemporâneos continua vigente no Brasil de hoje.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Maurício Oliveira
- ASIN: B089KW7BT8
- Editora: Ornitorrinco
- Idioma: Português
- Tamanho: 2037 KB
- Nº de Páginas: 315
- Categoria: Língua, Linguística e Redação
Amostra Grátis do Livro
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