Theliel

João 3:33 Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. A humanidade se provou um verdadeiro fracasso. A dor se espalha mais rápido do que o amor pode ser contado, as mortes superam os nascimentos e o dinheiro supera uma vida humana. É essa realidade que Caim Lot conhece. Cresceu em volta das regras de trabalhar ou ser morto, que Deus era uma farsa e o inferno era sua raça. Aprendeu com dez anos o que era a morte. Seu pai lhe ensinou o significado quando foi morto pela dívida que possuía, nada mais de abraços e beijos antes de dormir, nada mais de correr aos seus braços quando estivesse com medo, nada mais de cores. Aos dez anos, a sua vida já era cinza. A dívida que seu pai possuía caiu em sua herança, foi forçado pelos agiotas a pagar uma dívida que nem lhe pertencia. Com seus vinte e dois anos, já tinha trabalhado o suficiente para se aposentar. Mas ele precisava continuar, pela sua irmã de treze anos e pela sua mãe Emenda, que carregava seu segundo irmão no ventre. Deus, sem misericórdia, colocou mais dor na vida da família Lot quando Emenda descobriu estar com uma doença mortal. Agora, Caim teve que decidir entre pagar a dívida mensal ou pagar os remédios para manter sua mãe e o feto em sua barriga vivos. Escolheu sua família acima de sua vida e, em desespero, fugiu dos agiotas que queriam sua morte. Ele pensava que toda a fé do mundo havia se acabado naquele momento, até que ele viu a pena branca reluzente que pairava em sua frente. E o ser não-humano que todos na Terra denominavam de anjo. Em uma aventura sombria e triste pela favela, o medo e o desespero tomam conta de toda fé que o ser mais puro do mundo poderia ter. Caim e Theliel descobrem a dor, a paixão, a infelicidade, a fé e a morte. Quanto sofrimento precisa ser causado para corromper o ser mais puro criado por Deus?