Teologia e ciência: Aproximações entre a razão e a fé

Grandes cientistas contemporâneos – como o físico Albert Einstein – reconhecem ser impossível explicar o mundo natural sem a interferência de algo superior à razão humana. Líder da Reforma Religiosa do século 16, João Calvino foi responsável por um movimento intelectual que deu origem à ciência moderna – ao contrário do que supõem pensadores como Bertrand Russell e Thomas Kuhn, para quem o reformador francês seria um adversário intransigente do pensamento científico. A célebre Royal Society – uma das primeiras e mais influentes sociedades científicas da história, funda em Londres no século 17 – teve como precursor o Office of Address for Communications, instituição criada por cristãos protestantes, entre eles o educador Jan Amos Comenius. Até mesmo a teoria da evolução, de Charles Darwin, pode ser harmonizada com a fé cristã, bastando para isso que se eliminem os radicalismos de criacionistas e evolucionistas. Essas são algumas das ideias expostas neste livro, que tem o objetivo de mostrar que teologia e ciências não se contradizem: elas são formas diferentes de ampliar o conhecimento humano sobre todas as coisas divinas e humanas. Esse alvo é buscado em quatro ensaios: 1. Razão e propósito no Universo (Roberto Covolan); 2. Método científico, criacionismo e evolucionismo (Roberto C. G. Castro); 3. O berço da ciência moderna no pensamento de João Calvino (J. A. Lucas Guimarães); 4. A importância do protestantismo para a formação da ciência moderna (Vítor Albiero).