Temos um acordo?

Quando Isabel se candidatou por mais um ano consecutivo na CETF, a Companhia Expressa de Trabalhos Festivos do bairro, ela jamais poderia imaginar que um currículo tão vasto quanto o seu lhe renderia a pior das vagas possível: assistente de subcelebridade – ou a nova “babá” de Thomás Alquino, o jogador de vôlei de areia mais mesquinho do Rio de Janeiro. Tentando manter o espírito natalino, Isabel tem certeza de que será necessário muito mais do que um riquinho mimado para convencê-la a deixar uma mancha sinistra se arrastar sobre sua louvável reputação, certo? Errado. Thomás não só é a personificação dos clichês sobre esportistas que Bel mais odeia, como também é um aficionado por decorações natalinas mirabolantes que demandarão dela boas doses de criatividade e muito jogo de cintura. Arrependido e prestes a ver mais uma de suas assistentes desistir antes do prazo, Thomás se vê obrigado a aceitar um acordo inusitado: uma semana e meia seguindo as regras da garota, sem direito a reclamações e com uma comissão gorda a esperando no final. Se Isabel conseguir convencê-lo, pode enfim largar os empregos temporários malucos e seguir a carreira dos seus sonhos. E se ela perder esse acordo… bem, o que Bel tem a perder? Aparentemente nada, não é? Não é? Neste conto natalino contornado pelas cortadas altas e o calor do verão carioca, tudo pode acontecer: segundas impressões, sentimentos improváveis, acordos impensados e a busca pelo verdadeiro significado do Natal. Tudo . Até mesmo um novo-antigo amor.