Tango Terroir: um sentimento feliz que se dança (Tangomania)

«Para dançar isso, você não tem que estar deitado?» Isso, segundo Gabriel-Louis Pringué (1885-1965), cronista da alta sociedade parisiense da primeira metade do século XX, é o que a condessa Mélanie de Portalès teria sussurrado ao ouvido do “ilustre acadêmico”. ao lado dela, enquanto na frente deles um casal experimentava o tango.
“A primeira preocupação das mulheres elegantes […] é ir e aprender com uma professora de renome”, escreveu a condessa Éliane em L’Art et la mode de 3 de maio de 1913; “dos castelos ao redor, as pessoas vêm a Paris para fazer sua aula de tango”. Assim o tango “está na moda”, e “a pergunta que surgiu nos bailes”, no inverno de 1912-1913, é «Dança Tango comigo?»

«Nunca tinha dançado tango, mas um rapaz argentino que me serviu de guia insistiu comigo para experimentar. Com meus primeiros passos tímidos senti meu pulso responder ao ritmo incessante e lânguido daquela dança voluptuosa, suave como uma longa carícia, inebriante como o amor ao sol do meio-dia, cruel e perigoso como a sedução de uma floresta tropical.» ~ Isadora Duncan, quando visitou Buenos Aires em 1916

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