TÁ BONITO PRA CHOVER: Poesia sobre dores, amores e outros mugangos

DOIS DEDOS DE PROSA
Em um dia bonito pra chover, no fundo duma rede, enrolado mode o frio, estava lendo “Um carinho na alma”, de Bráulio Bessa. Lembro dele falando de quando descobriu que era poeta, ainda menino novo. Até aquele momento, eu tinha vergonha de me autodeclarar poeta. Na verdade, nem era vergonha. Eu achava que era muita arrogância dizer que eu era poeta. Não achava que eu podia ocupar um título tão grandioso. No momento que eu li Bráulio contar sobre como se descobriu poeta, eu vi como eu desvalorizava minha arte. Eu consigo passar para o papel o que sinto, e tocar pessoas com o que escrevo. Por que não me acho digno de ser poeta? Então ali me defini poeta e esse pensamento de valorização está presente desde então em tudo na minha vida, não somente na escrita. Hoje eu me apresento como técnico agropecuário, estudante de agronomia, e poeta. Valorize sua arte, cabra! Esses dias, em meio à quarentena (para você que ler esse livro no século XXV, em 2020 houve uma pandemia que deixou todo mundo dendi casa, acredita? Mas tu já deve ter lido nos livros de história), eu decidi pegar escritas que fiz, principalmente nos dois anos que antecederam essa publicação, e compilei em um livro. Este livro é minha primeira publicação literária. Este livro é um pedaço de mim. Leia como uma contação de histórias, onde estaríamos numa mesinha de bar, tomando uma Ypióca ouro, comendo feijão verde e ouvindo o volume 3 do Aviões. Na data desta publicação, dia 24 de junho, dia de São João, não podemos está na rua, comendo bolo de milho, dançando quadrinha, beijando na boca, mandando correio elegante… Então, eu deixo aqui esse presente pra te dar algumas horas de emoções em casa (e pros nordestinos, nessa data que tanto significa pra gente).

Tá Bonito Pra Chover é uma compilação de dois anos de poemas relacionados com perdas, lutos, separações, paixões, infância e sentimentalismo barato. Traz da forma mais simplificada possível a vida de um jovem acadêmico, que sonha em ser escritor desde pequeno, e que decidiu expor ao mundo o que guarda dentro de si. Pois se escrever é se despir, publicar é correr pelado em uma avenida movimentada.