Supermercado: um não lugar

O pressuposto que norteia a investigação trabalhada neste livro é que, em supermercados no formato de redes, que apresentam a característica de não se comunicar – diferente de uma mercearia de bairro ou de um mercado municipal, nos quais o atendimento é personalizado e envolvente -, as relações humanas em seu ambiente são despersonificadas, superficiais ou mesmo inexistentes.
Em uma sociedade que tende à hibridização, situação típica em cidades latino-americanas, nas quais a mestiçagem cultural é manifesta nos espaços urbanos, a compreensão de como o supermercado de rede lida com essa multiplicidade e participa de várias séries culturais permite levantar contrastes expressivos, caracterizando-o como um não lugar.