Sudário de Onze–Horas

Emi é uma jovem trabalhadora dos laboratórios do Governo Universal, um poder global unificado que é comandado por uma raça superior aos humanos, criada para remediar as crises geradas pela pandêmica tragédia global. Após uma pandemia, o mundo encontra-se sensível e uma revolução é instaurada com o objetivo de fortificar a ordem. Normas e padrões são indispensáveis para um maior controle das crises, todos os objetos e patrimônios imateriais relacionados às culturas anteriores a revolução são agora proibidos e os indivíduos que não cumprirem as leis são banidos, o que é apenas um eufemismo para uma morte dolorosa. “Sudário de Onze-horas” é a primeira obra em prosa escrita em uma série de Drabbles, gênero de Ficção Científica que surge, segundo o “Big Red Book” do influente grupo de humor Monty Python de 1971, nas comunidades de fãs dos grandes programas televisivos e Histórias em Quadrinhos da Sci-fi. Um Drabble basicamente é um texto fictício de até 100 palavras, com desenvolvimento interno, pelo menos um personagem, conflito e conclusão da trama. O gênero se popularizou principalmente nas universidade britânicas, como um jogo entre estudantes, no qual 2 a 4 escritores escrevem uma história de até 100 palavras de um tema específico, o primeiro a concluir, vence o desafio. Alguns fóruns e comunidades de Ficção Científica atuais assumem um grupo de fãs da série “Doctor Who” nos anos 80, chamado de “Birmingham University SF society”, como a maior comunidade a produzir Drabbles na história, tendo dois livros de coletâneas publicadas. Em um movimento ousado, Stella D’Avansso reúne 100 capítulos, cada um com 100 palavras, respeitando as regras do “jogo” e prestando homenagem aos jovens escritores do passado.