Sob o Domínio de Jurupari: Trilogia Cunhã–eté (Livro 1)

Nessa Dark Fantasy inspirada no folclore nacional, veremos mais sobre Jurupari, controverso personagem da mitologia dos povos originários.

Para os Tupinambás, era o pesadelo que atacava os homens durante os sonhos, para outros povos, era um herói legislador que lutou contra as mulheres e garantiu a soberania masculina.

Cunhã-eté, ou, mulher de verdade. Segundo os seguidores de Jurupari, três são as qualidades que a mulher ideal deve ter. Ela precisa ser capaz de guardar segredo, não pode ser curiosa e deve ser paciente.

Só que nenhuma mulher jamais conseguiu reunir as três qualidades e, por isso, não pode estar na presença dos instrumentos sagrados de Jurupari, sobre pena de morte devido a um dos defeitos inerentes à personalidade feminina.

Filha dos Acauãs, antigo e maior povo seguidor dos ensinamentos de Jurupari, Aruana era impossibilitada de agir fora das divisões de trabalho baseadas no sexo. Ainda que quisesse caçar e guerrear, não podia fazê-lo. Cabia a ela cuidar da roça, fiar o algodão, enodar as redes e outras atividades consideradas femininas.

Desde que nascera, pelos costumes e ritos, estava ligada a Moacir, o mais fiel devoto de Jurupari e teria de se casar com ele depois de passar pelo seu primeiro sangue.

Aruana era curiosa e paciência estava longe de ser uma virtude sua, mas sabia guardar segredos e isto permitiria que tudo ao seu redor mudasse.

ATENÇÃO! Essa história contém cenas impróprias para menores de 18 anos. Contém gatilhos, violência e conduta inadequada de personagens.