Segredos, força e poder da magia cigana

Há informações não muito precisas de que esse povo nômade é derivado da Índia (Noroeste) sendo seu idioma “romani” (dialeto, talvez fosse mais correto) tão peculiar quanto os seus costumes. Inclusive, devido a esses costumes (vestimentas, festejos, comportamento, etc.) destoantes dos considerados comuns pelos demais povos (gadjés, no linguajar deles), foram perseguidos e quase dizimados – algumas vezes sob acusação de furtos e invasões de terras -, sobrevivendo até hoje em pequenos grupos, que podem ser vistos em acampamentos próximos a pontes e viadutos. Não é raro verem-se carros modernos e novos ao lado de barracas e varais com roupas dependuradas a secar. Quem, nos dias de hoje, passeando pelas praças centrais da cidade, não se depara com alguma mulher vestida de trajes coloridos, lenço aos cabelos, pulseiras e anéis inquirindo os transeuntes com a clássica pergunta: “Posso ler a sua mão?”, para depois pedir uns trocados pelo serviço prestado.
Todavia, são pouquíssimas as pessoas desse povo que de fato conservam os segredos e o verdadeiro poder da magia cigana, que se foi perdendo com a modernização dos sucessores, porque os feiticeiros ciganos (kakus) faleceram levando consigo esses ensinamentos, agravado pelo fato de o linguajar romani não ter representação escrita e por não terem nenhum interessados em aprendê-los da forma oral.