Romã: Contos Eróticos

Um herbário erótico. Uma botânica do desejo. Um livro onde cada flor é um corpo — e cada corpo, uma flor. Em Romã – Contos Eróticos , Luiz Antonio Cavalheiro transforma o erotismo em linguagem, paisagem e rito. Cada conto nasce de uma parte da flor — sépala, pétala, androceu, antera, pólen, fruto, semente — e se desdobra em narrativas onde ciência e carne se entrelaçam, criando um território onde o prazer é metáfora, rito, memória e revelação. Não se trata de pornografia. O erotismo aqui é símbolo, vibração, atmosfera. Um gesto poético que ilumina o corpo humano a partir do corpo vegetal, fazendo da botânica um espelho do desejo: flores que explodem em pólen dourado, frutos que transbordam seiva, sementes que germinam em carne viva, estufas que respiram com amantes suspensos no ar. Entre o sagrado e o profano, entre a mitologia das plantas e a intimidade dos corpos, cada conto revela um modo distinto de florescer — na pele, na língua, no olhar, na seiva, no silêncio. É literatura que pulsa, que respira, que germina. Um livro sobre desejo, mas também sobre vida. Sobre o que existe antes do florescer — e sobre o que persiste depois.