Retrospecto: Memórias atualizadoras do espiritismo.
Por Hyarbas Olavo Ferreira Hoje é 21/mai/2018. Quando for setembro, 20, farei 80. Resolvi iniciar este retrospecto. Não sei se vou chegar a um epílogo, porque me confundo num mistério: até hoje, tudo o quê escrevi, num total de 22 livros, foi por orientação espiritual, e estes relatos devem-se a palpites de algumas pessoas. São lembranças que vêm à baila, quando de conversas descompromissadas. E o interlocutor me questiona, por que você não escreve isso?
Aguardei, durante um tempo, a ver se haveria alguma orientação de Lá, e não veio. Ou veio, e eu não entendi. Dessarte, mãos à obra. Prometo-lhe não falar de tristezas, que essas emperram o construtivo. Além do quê, quem não passa por provações? Cada um, de acordo com suas necessidades evolutivas. E todos, numa equivalência inquestionável, por admitir-se a equanimidade do Criador. Aliás, estou aprendendo a ver, em todas as ocorrências desagradáveis, oportunidades sine qua non de exercício das virtudes latentes. Há de haver esforço próprio, nos caminhos do mérito.
Meus pais? Ele era um erudito Cirurgião Dentista. Gostava de caçadas, tinha um tantão de cachorrada. Era metido a bravo, intransigente, moralista para com os outros, anticlerical. Dizia-se deísta. Instigava-me a não levar desaforos para casa. Ela, ao contrário. Disse-me, certa feita da infância, que havia mais coragem em não reagir a uma provocação do que em bancar o valente. Achei aquilo um absurdo. Não acho mais.
Hoje, nos considerandos dos meus botões, vejo essa antítese como de inestimável valor. Sopesei as influências de ambos, para guiar-me nos labirintos do discernimento. Ele plasmava em mim um médico de futuro, no futuro. Ela almejava ver-me um professor. Acabei sendo. Ele acabou se conformando, faz um bom tempo. Antes, brigou comigo, não queria mais saber de mim. Até me execrou, quando eu fiquei noivo, antes de me formar. Escreveu-me uma carta, acabando comigo, da qual eu ainda me recordo de uma passagem, que achei muito bonita: Se assim for, você não é palhaço, mas tão-somente picadeiro, que é o lugar onde todos os palhaços pisam. Não é lindo? Eu achei.
Mas o tempo, não tem jeito, passa. Com o passar do tempo, acabei virando espírita. E, espante-se você, o estopim dessa transformação foi aquela mesma noiva abominada pelos meus e por um sem-número de amigos de então. Ela terminou o noivado comigo, e eu fiquei numa tristeza que dava dó. O resultado foi que eu fui posto de encontro com o primeiro médium da minha vida. Foi um caso deveras interessante, que eu vou contar depois. Agora não, porque aqui é apenas um introito, se lembra disso?
Aguardei, durante um tempo, a ver se haveria alguma orientação de Lá, e não veio. Ou veio, e eu não entendi. Dessarte, mãos à obra. Prometo-lhe não falar de tristezas, que essas emperram o construtivo. Além do quê, quem não passa por provações? Cada um, de acordo com suas necessidades evolutivas. E todos, numa equivalência inquestionável, por admitir-se a equanimidade do Criador. Aliás, estou aprendendo a ver, em todas as ocorrências desagradáveis, oportunidades sine qua non de exercício das virtudes latentes. Há de haver esforço próprio, nos caminhos do mérito.
Meus pais? Ele era um erudito Cirurgião Dentista. Gostava de caçadas, tinha um tantão de cachorrada. Era metido a bravo, intransigente, moralista para com os outros, anticlerical. Dizia-se deísta. Instigava-me a não levar desaforos para casa. Ela, ao contrário. Disse-me, certa feita da infância, que havia mais coragem em não reagir a uma provocação do que em bancar o valente. Achei aquilo um absurdo. Não acho mais.
Hoje, nos considerandos dos meus botões, vejo essa antítese como de inestimável valor. Sopesei as influências de ambos, para guiar-me nos labirintos do discernimento. Ele plasmava em mim um médico de futuro, no futuro. Ela almejava ver-me um professor. Acabei sendo. Ele acabou se conformando, faz um bom tempo. Antes, brigou comigo, não queria mais saber de mim. Até me execrou, quando eu fiquei noivo, antes de me formar. Escreveu-me uma carta, acabando comigo, da qual eu ainda me recordo de uma passagem, que achei muito bonita: Se assim for, você não é palhaço, mas tão-somente picadeiro, que é o lugar onde todos os palhaços pisam. Não é lindo? Eu achei.
Mas o tempo, não tem jeito, passa. Com o passar do tempo, acabei virando espírita. E, espante-se você, o estopim dessa transformação foi aquela mesma noiva abominada pelos meus e por um sem-número de amigos de então. Ela terminou o noivado comigo, e eu fiquei numa tristeza que dava dó. O resultado foi que eu fui posto de encontro com o primeiro médium da minha vida. Foi um caso deveras interessante, que eu vou contar depois. Agora não, porque aqui é apenas um introito, se lembra disso?
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Hyarbas Olavo Ferreira
- ASIN: B084Q8NKNY
- Idioma: Português
- Tamanho: 1824 KB
- Nº de Páginas: 283
- Categoria: Biografias e Histórias Reais
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Retrospecto: Memórias atualizadoras do espiritismo., escrito por Hyarbas Olavo Ferreira. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.