RASCUNHOS DE UMA VIDA – I

Este livro traduz um pouco dos momentos que passei nestes 57 anos de vida. Entre encontros e desencontros, quedas e reerguidas, as palavras fizeram parte desta caminhada.

Dedico este livro à minha mãe, ao meu grande incentivador, meu pai, à minha âncora nos momentos de mares turbulentos, minha família e, principalmente, ao meu avô Arthur de Moura Pedreira, que com palavras trouxe para a minha vida a poesia.

Na poesia, algumas palavras podem ser mudadas, ou traída a concordância, pois é livre a manifestação, é livre a licença poética.

Assim entendo, também, que é livre o expressar, o pensar, o levantar de ideias. Ninguém deve ser tolhido por levantar uma verdade, por contradizer o poder, ou outra pessoa.

Entretanto, a base dos relacionamentos e convivência social é o respeito mútuo. Sem este, não adianta querer colocar uma ideia nova, pois não conseguirá ser ouvido. Não adianta propor soluções para os problemas, pois não conseguirá ser ouvido.

Na poesia, você pode trazer ideias, sentimentos, saudades, choros, raiva, demonstração do que é o poder, ou até a morte. Mas, se nunca for lida, ou obtiver o respeito necessário, jamais inovará ou mudará o mundo.

Já dizia meu avô Arthur: “O difícil não existe e o impossível é o que fazemos a todo o momento.”

O autor.