Quem diria, destino? (Trilogia: Reflexos da noite de 18 de julho Livro 2)

Ela queria fugir do seu passado, deixando para trás os traumas que destruíram sua vida.
Ele precisava de uma mãe para seu filho o mais rápido possível; amor nunca esteve em jogo.
Essa mistura tinha tudo para dar errado, mas o destino tinha outros planos para os dois.

Maria não aguentava mais. Depois de quase 21 anos representando a imagem da filha obediente, puritana e exemplar para a sociedade, ela estava exausta. Não bastassem as noites em claro e o noivado com um homem com quase o triplo de sua idade, a semana de 18 de julho deixou cicatrizes que nem o tempo poderia amenizar. Ela precisava tomar as rédeas de sua vida e, de uma vez por todas, fazer somente aquilo que mais queria. Contudo, havia um obstáculo em seu caminho e ela era a única a decidir se valeria a pena superá-lo, mesmo que as consequências pudessem ser muito piores do que sua atual realidade.

O sobrenome Siqueira era famoso demais para o gosto de Benjamin. Vivendo às sombras do legado do amado pai, ele sempre tentou fugir do destino: herdar o haras da família nos longínquos montes verdejantes da zona da mata alagoana. Homem pragmático, escolheu viver na cidade grande desde a universidade e logo se tornou um grande investidor do mercado financeiro no Sudeste do país. Porém, um fatídico acontecimento o fez abandonar sua vida meticulosamente planejada e o trouxe de volta à vida no campo, sem a menor esperança de reconciliação consigo mesmo.

Agora, seu filho de quatro anos precisava de uma figura materna em sua vida. Então, ao ouvir boatos sobre uma mulher que se encaixaria justo no que pretendia, ele não demorou a acertar os detalhes do casamento com o pai da noiva e, em pouco tempo, estava no altar olhando para a mulher com quem passaria o resto da vida, com um pouco de sorte. Se ela seria uma tentação para seus dias de celibatário, era uma questão completamente diferente.

Benjamin acreditava que Maria seria a cola que faltava para sua família. Não imaginava ele que até as embalagens mais perfeitas tinham seus traumas, e Maria era a prova viva disso.

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Observações:
1) Esse livro é o ponto de vista de Maria sobre o que aconteceu em 18 de julho e a sua jornada;
2) Leia o primeiro para conseguir ter a real intimidade com a personagem e o motivo dos acontecimentos que abalarão seu emocional;
3) A história será continuada em um livro a parte quando ambos os personagens de Maria e Benjamin serão aprofundados.

Boa leitura!