Quando meu pai morreu parte de mim agradeceu, pode parecer péssimo um filho agir desta forma, mas eu era o filho a ser abortado, o filho visto como uma maldição, atraso em sua vida; um filho do qual ele se escondeu a vida toda para não pagar a pensão alimentícia, que no Brasil dá prisão. Jamais foi preso!
Quando meu avô materno adoeceu, mesmo estando naquele momento a mais de dois mil quilômetros de distância, eu senti o cheiro da dor trazida pelo vento, antes mesmo da doença se instalar. Mudei meu destino e ao invés de viajar para longe, volte para casa. No exato dia em que ele sofria o primeiro dos três infartos eu estava de volta.
Ele entrou pela porta do hospital em uma maca e segundos depois o vi de costas entrando naquela sala. Foram 28 dias de internação. Estive com do momento da entrada do hospital, até a parada respiratória que obrigou a entubação. Depois veio a briga na justiça por uma vaga na UTI, conseguimos e ele saiu de lá.
Em seu aniversário estava em coma, mas as visitas não deixaram passar em branco. Devotei meu coração aquele momento, pedindo à Deus por sua recuperação. A alta veio e por mais um ano e quatro meses estivemos lado a lado. Para alguns eu abandonei minha profissão para se esconder em uma cidade sem opções e agora dominada pelo crime. Para mim eu estava retribuindo o amor que sempre recebi dele.
O que me conforta na sala, no quarto ou onde quer que tenhamos compartilhado nesta casa é que a última pessoa que ele olhou no fundo dos olhos fui eu!
O corpo pode sim ter nos deixado, mas os momentos, os ensinamentos jamais! Tudo que sou devo aos meus avôs!
Mesmo analfabetos ele me ensinaram o que nenhum curso ou faculdade jamais ousou fazer.
Que me desculpem os versos e eventuais erros, mas cada vez que escrevo ou falo sobre ele as lágrimas rolam e a visão fica embaçada.
Contínuo semeando em sua terra, e cada broto que nasce eu sinto que o Senhor lá do Céu abre um sorriso.
Quando meu avô materno adoeceu, mesmo estando naquele momento a mais de dois mil quilômetros de distância, eu senti o cheiro da dor trazida pelo vento, antes mesmo da doença se instalar. Mudei meu destino e ao invés de viajar para longe, volte para casa. No exato dia em que ele sofria o primeiro dos três infartos eu estava de volta.
Ele entrou pela porta do hospital em uma maca e segundos depois o vi de costas entrando naquela sala. Foram 28 dias de internação. Estive com do momento da entrada do hospital, até a parada respiratória que obrigou a entubação. Depois veio a briga na justiça por uma vaga na UTI, conseguimos e ele saiu de lá.
Em seu aniversário estava em coma, mas as visitas não deixaram passar em branco. Devotei meu coração aquele momento, pedindo à Deus por sua recuperação. A alta veio e por mais um ano e quatro meses estivemos lado a lado. Para alguns eu abandonei minha profissão para se esconder em uma cidade sem opções e agora dominada pelo crime. Para mim eu estava retribuindo o amor que sempre recebi dele.
O que me conforta na sala, no quarto ou onde quer que tenhamos compartilhado nesta casa é que a última pessoa que ele olhou no fundo dos olhos fui eu!
O corpo pode sim ter nos deixado, mas os momentos, os ensinamentos jamais! Tudo que sou devo aos meus avôs!
Mesmo analfabetos ele me ensinaram o que nenhum curso ou faculdade jamais ousou fazer.
Que me desculpem os versos e eventuais erros, mas cada vez que escrevo ou falo sobre ele as lágrimas rolam e a visão fica embaçada.
Contínuo semeando em sua terra, e cada broto que nasce eu sinto que o Senhor lá do Céu abre um sorriso.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Joel Gonçalves
- ASIN: B07DGRRMV2
- Idioma: Português
- Tamanho: 1929 KB
- Nº de Páginas: 53
- Categoria: Literatura e Ficção
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Quando a luz acaba, escrito por Joel Gonçalves. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.