PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: Práticas inovadoras para o SUS
Por Liércio Pinheiro de Araújo Em tempos incertos e tenebrosos como esses que a sociedade brasileira atravessa, que, sobretudo, têm levado ao esvaziamento da dimensão política no que diz respeito aos projetos sociais, ao exercício da cidadania e a renovação das utopias, que correm o risco de se colapsar resultando em que todos sejam presas fáceis para o totalitarismo de promessas simplistas, para a intolerância truculenta e para o fatalismo, o que, inevitavelmente, levariam à inércia social
Contundo, é nesses tempos que mais se precisa radicalizar nos projetos arrojados, audaciosos e esperançosos. A aposta, vamos dizer assim, precisa ser afirmada na direção de que a realidade é socialmente e historicamente construída, portanto, pode ser refeita. De modo semelhante é nesses tempos que os agentes sociais, como é o caso do Sistema Conselhos de Psicologia, precisam fazer os devidos enfrentamentos. Em particular é importante destacar o protagonismo do Conselho Regional de Psicologia – 15a Região (CRP 15), que tem envidado grandes esforços para fazer frente aos contemporâneos desafios. Não é por menos que há investimentos em pesquisas e ações diversas visando a ampliação da participação ativa de psicólogos na transformação da sociedade. Já são muitas frentes históricas que o Sistema Conselhos tem desempenhado seu importante papel: processo de redemocratização do país, Luta Antimanicomial, combate em relação a violência contra mulher, dentre outras fundamentais bandeiras. É nessa esteira que se perfila a proposta deste livro, que é apresentar algumas práticas em Psicologia capazes de inspirar possibilidades de contribuição ao Sistema Único de Saúde – SUS.
É justamente nesses tempos de ataques ao SUS, ao esgarçamento do Estado e ao desacreditar da coisa pública –, que o CRP 15 se insurge –, mesmo que, na modéstia de sua obra, para ratificar a aposta, para renovar a força e avançar, naquilo que tem sido a sua marca. Em outras palavras, o CRP 15 é um agente social de mudança e isso significa agir para consolidar o SUS, aperfeiçoá-lo, torná-lo mais sensível, diversificado e cada vez mais voltado para uma concepção integrada de saúde.
Importante dizer que o SUS não é um equipamento como querem traduzir os paladinos da linguagem empresarial pois isso coisifica algo de alcance maior. O SUS é uma política (pública de vanguarda e inclusiva) porque guarda uma ambição de saúde e sociedade, além de estar intimamente articulado com a concepção de estado democrático e de direito. Dizer que o SUS ou seus constituintes são equipamentos é de uma pequenez tamanha que soa bizarro na boca de alguns representantes do povo quando se arvoram em assim falar. Não, definitivamente o SUS não é um equipamento. O SUS é a materialidade, mesmo que ameaçado, de um sonho que projeta um Brasil menos injusto, mais inclusivo, marcado por justiça social, protagonismo e pelo exercício de uma “res-pública”.
Tendo essa ótica engajada, a obra em tela se apresenta ao leitor com cenas possíveis de práticas em Psicologia, que podem ser incorporadas ao SUS. Alguns vezes de forma direta e outras, a partir de configurações menos óbvias. Os capítulos que se instauram abrem possibilidades e, quiçá, inspiram a efetivação, a ampliação ou a mediação, dessas práticas.
Sem seguir uma ordem linear de apresentação, os capítulos são essencialmente polissêmicos, versões práticas já conhecidas no âmbito do SUS, mas que, também, dão conta de propostas formativas e, até mesmo, arrojadas. Nesse sentido, há discussão sobre as chamadas integrativas e propostas de novos designes hospitalares, do ponto de vista das relações humanas, sobretudo, na relação equipe de saúde e familiares dos pacientes. Ainda em relação aos serviços hospitalares, o leitor encontrará conteúdos que discorrem sobre a sistematização de serviços universitários, dando margem, inclusive, para problematizações do ponto de vista da dinâmica e gestão.
Contundo, é nesses tempos que mais se precisa radicalizar nos projetos arrojados, audaciosos e esperançosos. A aposta, vamos dizer assim, precisa ser afirmada na direção de que a realidade é socialmente e historicamente construída, portanto, pode ser refeita. De modo semelhante é nesses tempos que os agentes sociais, como é o caso do Sistema Conselhos de Psicologia, precisam fazer os devidos enfrentamentos. Em particular é importante destacar o protagonismo do Conselho Regional de Psicologia – 15a Região (CRP 15), que tem envidado grandes esforços para fazer frente aos contemporâneos desafios. Não é por menos que há investimentos em pesquisas e ações diversas visando a ampliação da participação ativa de psicólogos na transformação da sociedade. Já são muitas frentes históricas que o Sistema Conselhos tem desempenhado seu importante papel: processo de redemocratização do país, Luta Antimanicomial, combate em relação a violência contra mulher, dentre outras fundamentais bandeiras. É nessa esteira que se perfila a proposta deste livro, que é apresentar algumas práticas em Psicologia capazes de inspirar possibilidades de contribuição ao Sistema Único de Saúde – SUS.
É justamente nesses tempos de ataques ao SUS, ao esgarçamento do Estado e ao desacreditar da coisa pública –, que o CRP 15 se insurge –, mesmo que, na modéstia de sua obra, para ratificar a aposta, para renovar a força e avançar, naquilo que tem sido a sua marca. Em outras palavras, o CRP 15 é um agente social de mudança e isso significa agir para consolidar o SUS, aperfeiçoá-lo, torná-lo mais sensível, diversificado e cada vez mais voltado para uma concepção integrada de saúde.
Importante dizer que o SUS não é um equipamento como querem traduzir os paladinos da linguagem empresarial pois isso coisifica algo de alcance maior. O SUS é uma política (pública de vanguarda e inclusiva) porque guarda uma ambição de saúde e sociedade, além de estar intimamente articulado com a concepção de estado democrático e de direito. Dizer que o SUS ou seus constituintes são equipamentos é de uma pequenez tamanha que soa bizarro na boca de alguns representantes do povo quando se arvoram em assim falar. Não, definitivamente o SUS não é um equipamento. O SUS é a materialidade, mesmo que ameaçado, de um sonho que projeta um Brasil menos injusto, mais inclusivo, marcado por justiça social, protagonismo e pelo exercício de uma “res-pública”.
Tendo essa ótica engajada, a obra em tela se apresenta ao leitor com cenas possíveis de práticas em Psicologia, que podem ser incorporadas ao SUS. Alguns vezes de forma direta e outras, a partir de configurações menos óbvias. Os capítulos que se instauram abrem possibilidades e, quiçá, inspiram a efetivação, a ampliação ou a mediação, dessas práticas.
Sem seguir uma ordem linear de apresentação, os capítulos são essencialmente polissêmicos, versões práticas já conhecidas no âmbito do SUS, mas que, também, dão conta de propostas formativas e, até mesmo, arrojadas. Nesse sentido, há discussão sobre as chamadas integrativas e propostas de novos designes hospitalares, do ponto de vista das relações humanas, sobretudo, na relação equipe de saúde e familiares dos pacientes. Ainda em relação aos serviços hospitalares, o leitor encontrará conteúdos que discorrem sobre a sistematização de serviços universitários, dando margem, inclusive, para problematizações do ponto de vista da dinâmica e gestão.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Liercio Pinheiro de Araújo
- Tamanho: 2414 KB
- Editora: UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: Práticas inovadoras para o SUS, escrito por Liercio Pinheiro de Araújo. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.