Pressenti o assalto!: Crônicas de um taxista carioca 2

Como todos imaginam, vida de taxista é bem movimentada.
Não só pelo vai e volta, andando por diversas ruas da cidade, o tempo todo, durante horas e horas, diariamente.
Vida de taxista envolve muita emoção. E situações imprevisíveis também.
Numa de minhas últimas corridas, antes de encerrar a curta carreira e pendurar as chuteiras do meu taxímetro, eu peguei três elementos suspeitíssimos, que percebi logo depois que entraram no meu carro que iriam me assaltar.
Embora ainda fosse dia, você percebe que assalto não tem dia, nem hora para acontecer.
E pode ser também num lindo dia ensolarado.
Foi quase mais que uma hora de agonia e aflição.
Levando-os para um lugar suspeito, tipos estranhos, atitudes idem.
E, eu, preso pelo cinto de segurança, ainda fui ficando mais angustiado.
A cada metro, quilômetro percorrido, o coração batendo mais forte, a respiração mais presa, a garganta seca e, eu, ainda tentando ver qual a estratégia seria possível para sair daquela situação.
Nem que fosse me jogando do carro.
Claro que não queria me machucar. Mas se fosse até o final da corrida, eu poderia me machucar também.
E fui, durante todo o trajeto, olhando para as calçadas e ruas para ver se conseguir ver algum guarda ou alguma patrulha policial.
Vi alguns. Mas sempre do outro lado por onde estava passando.
Angústia, estresse, medo, incerteza, interrogações. Várias.
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Tudo isso, você vai encontrar na crônica que deu título a este livro.
E muitas outras histórias inusitadas, engraçadas e bem humoradas. Outras, com toque de emoção, de sensibilidade.
Porque se tem uma coisa que eu jamais faria seria roubar seu tempo.
Ou assaltar seu sorriso.