Preso a imortalidade

A convivência com aquele ser parecia ser impossível e suas ações eram incompreensíveis. O demônio imprudente, inconsequente e problemático, que muitas vezes agia de forma tão infantil quanto uma criança, parecia querer levá-lo a loucura e pior do que isso, estava determinado a fazê-lo se apaixonar por si. Não parecia ser um grande problema, até que o imortal… realmente começou a se apaixonar. 

[… Eu queria dar a ele uma resposta verdadeira. Algo como: “Eu disse que não posso retribuir os seus sentimentos, e que não vou retribuir, não que eu não queira fazê-lo. Além disso, você não precisa fazer com que eu me apaixone por você, pois tenho quase certeza que se continuar em sua companhia, isso irá acontecer naturalmente.” 

Mas a marca da imortalidade em minha mão parecia queimar nessas ocasiões, lembrando-me da realidade… Aquela dura realidade com a qual tenho sido forçado a conviver, naquela imensa solidão que eu respeitosamente chamava de vida… ]