Poça de Lama

O que é ser uma pessoa no mundo? Santo Agostinho fala que do tempo sabe apenas se não lhe perguntam; que, quando perguntado, não tem ideia do que dizer. E qualquer literatura, reduzida à base, é isso, sem mais: tentativas de explicar, com mais ou menos fantasia, nosso tempo de humanidade. E é isso que faz Jeane, nesse livro de estreia. Por vezes com candura de garota jovem, por vezes com a força de mil mulheres, Jeane apresenta segredos, inquietações e dramas que ficam no coração de quem lê. Afinal, quem nunca se perguntou se a vida que vive é a vida real, não um reality show ou simulacro equivalente? Poça de lama revela o nascimento de uma escritora. E, nesse ato criador, o que se escuta é uma voz empática, característica de quem vive de olhos abertos para contar. Do fantástico ao intimista, o olho de Jeane é atento – e deve nos trazer muitas outras cenas daqui em diante. Sorte nossa. Fernanda Grabauska (Editora e Jornalista).

Estamos diante de narrativas curtas, mas Jeane Esquivel tem consciência de que as palavras têm tamanha força que não é necessário um calhamaço para tocar o coração dos leitores. Em seus contos, a autora leva o leitor à catarse como ao final do conto “Caixa de sapatos”: “parece que apesar de não viver, existo”. Poça de lama é um misto de sentimentos – pode ser indigesto para alguns, que têm pavor de sujar os pés, ou ainda, uma diversão para pessoas que, como crianças, conseguem se lambuzar sem medo –, pois bem, o livro é ambíguo, complexo e profundo. Um mergulho na condição humana e nas personagens femininas, que ganham destaque na obra. Vanessa Passos (Escritora, Professora de Escrita Literária e Vencedora do 6º Prêmio Kindle de Literatura)

SINOPSE

Um livro de contos com histórias sobre as mais variadas facetas do ser humano. Como não sentir empatia por quem se encontra em situação de vulnerabilidade? Quem nunca vivenciou uma dor ou uma notícia difícil? E quem nunca se questionou sobre a sua razão de existir, ser e estar nesse planeta? Uma obra que fala de distintas matizes do viver, que gera emoção e incita reflexões. Também há textos mais leves, com um teor irônico. São narrativas que se unem ao representar o humano em situações corriqueiras, que podem ser vivenciadas por qualquer um de nós.