O filólogo C. G. Woide foi o primeiro especialista a estudar esse manuscrito por indicação do próprio Askew e teria sido ele a ter dado o nome de Pistis Sophia ao conjunto. Mas a primeira iniciativa de traduzir e publicar esses manuscritos foi empreendida em 1848 por M. G. Schwartze, enviado a Londres pela Real Academia Prussiana de Ciências.
Schwartze traduziu o manuscrito para o latim, preservando em sua versão todas as palavras gregas existentes no original copta. Porém não chegou a publicar diretamente seu trabalho, cargo esse assumido posteriormente por J. H. Petermann, devido ao falecimento de Schwartze. A edição de Schwartze contém uma cópia do texto copta e uma tradução para o latim; até hoje é considerado um trabalho extraordinário que tem resistido à prova do tempo.
Na sequência, apareceu na França uma tradução anônima, que figura no Diccionnaire des Apocryphes de J. P. Migne (Paris 1856); soube-se depois que esse trabalho foi realizado de forma muito liberal a partir do texto de Schwartze. Em seguida, em 1895, é publicada na França a primeira tradução direta do copta para um idioma moderno, trabalho esse conduzido pelo Professor E. Amélineau.
Em 1896 George R. S. Mead, secretário de Helena Petrovna Blavatsky em Londres, publica em inglês a primeira edição de Pistis Sophia feita a partir da versão latina de Schwartze, a qual, depois, foi radicalmente revisada, tornando-se praticamente uma nova edição e (re)publicada em 1921, a qual tem sido utilizada como fonte para inúmeras traduções de Pistis Sophia no Brasil e nos países de fala espanhola, incluindo a edição original comentada por Samael Aun Weor até o início do capítulo 91.
Mas a que é considerada pelos acadêmicos como a melhor tradução de Pistis Sophia foi realizada pelo Professor Carl Schmidt, em 1905, a qual teve uma segunda edição em 1925 e que até hoje tem servido de base para muitas outras traduções em diversos idiomas.
Em 1924 é lançada em Londres uma tradução literal do copta para o inglês, trabalho esse realizado pelo professor George William Horner, publicado pela Society for Promoting Christian Knowledge, denominada Pistis Sophia Literally Translated from the Coptic.
Depois então nenhuma outra grande tradução foi realizada, até que em 1978 foi publicado o trabalho de Violet Macdermot, Professora do Departamento de Egiptologia da Universidade de Londres. Sua tradução foi realizada diretamente do copta para o inglês, mas seguindo o trabalho, a ordenação e a disposição geral realizadas por Carl Schmidt.
Por fim, em 2007 é publicado em Madri, Espanha, pela editora Trotta, o trabalho do Professor Francisco García Bazán, diretor do Centro de Investigações em Filosofia e História das Religiões da Universidade Argentina J. F. Kennedy, que, igualmente, seguiu o trabalho de edição, ordenação e disposição realizado por Carl Schmidt e Violet Macdermot.
Este volume que o leitor tem em mãos no momento, portanto, é uma tradução compilada que sintetiza todas as fontes e obras anteriormente mencionadas aqui, as quais foram minuciosamente estudadas e pesquisadas por este tradutor ao longo de dezoito meses. Por via das dúvidas, queremos deixar claro que para a realização deste trabalho aqui apresentado, não nos valemos nem cotejamos nenhuma outra tradução anteriormente publicada no Brasil ou em países de fala espanhola, exceto, como mencionado, a tradução de 2007 do Professor Francisco García Bazán.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Karl Bunn
- Tamanho: 763 KB
- Nº de Páginas: 303
- Editora: Karl Bunn / EDISAW
- Categoria: Religião
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Pistis Sophia, escrito por Karl Bunn. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.