Piedade Cristã: Os Frutos do Verdadeiro Cristianismo

John Bunyan escreveu este livro em 1663 (e o publicou em 1674), enquanto encarcerado na prisão de Bedford. Este foi o terceiro livro do autor durante seu primeiro encarceramento.

O título completo deste livro na ocasião em que foi publicado originalmente é:

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Piedade Cristã
Os Frutos do Cristianismo Verdadeiro:
Instruindo maridos, esposas, pais, filhos, senhores, servos, etc., sobre como andar de modo agradável a Deus.
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Com uma palavra de exortação para todos aqueles que estão se desviando.
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Por John Bunyan
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1674

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Para vocês terem uma noção do conteúdo do livro, abaixo reproduzimos os dois primeiros parágrafos do prefácio feito pelo editor das obras de John Bunyan, George Offor (1787–1864):

Este valioso tratado prático foi publicado pela primeira vez como um volume de bolso por volta de 1674, logo após a última saída do autor de seu longo e perigoso aprisionamento. É evidente no parágrafo final que ele considerava a sua liberdade e até a sua vida ainda em um estado muito incerto; não pelas fraquezas da idade, pois ele estava no auge da vida; mas devido à tirania do governo e, provavelmente, aos efeitos de seu longo encarceramento em uma prisão úmida e insalubre. Este é o melhor e mais bíblico guia que já houve para nos ajudar no desempenho de deveres relativos aos nossos próximos; escrito com originalidade e aquela seriedade peculiar e piedosa que distingue todas as obras de John Bunyan.

Ninguém pode ler este livro sem encontrar nele seu próprio retrato verdadeiro e correto. Muitos ouvintes da palavra em seu ministério público ficaram surpresos com o fato de um ministro fiel não apenas ter revelado a sua conduta externa, mas também o interior de seus corações e têm perguntado com espanto: “Onde ele poderia obter esse conhecimento do meu coração?”. Os costumes e sentimentos de todos da família humana, os professos ricos e pobres ou os abertamente profanos ou os desafiadores de Deus são exibidos nas páginas a seguir com tal precisão como se o autor estivesse presente em todas as famílias da terra, e não apenas testemunhasse a conduta dos bem-aventurados e miseráveis de todos os tipos; mas ele entra e revela aquele mistério de iniquidade do coração humano, suas fontes, sentimentos e maquinações secretas.

[…]

Na expectativa da aprovação divina, somos obrigados a não recuar nos deveres, mas a buscar sabedoria para cumpri-los; e nesta breve obra temos um guia bíblico ao qual faremos bem em prestar atenção. Este é um legado peculiarmente solene, pois o desejo ardente do autor é assim expresso: “Antes que eu morra [como o maior de todos os deveres que ele teve que desempenhar], permita-me estimulá-lo à fé e à santidade”. Que seja nosso dever e privilégio examinar fielmente nossa conduta através das Escrituras Sagradas, com as quais este tratado é belamente adornado. Ele foi escrito na perspectiva do sofrimento e da morte, e ainda assim, como a alma do autor era serena! Nenhuma nuvem, nenhuma dúvida ou medo é visto; o seu legado para nós e para aqueles que sobreviveram a ele é: “Amem-se uns aos outros mesmo após eu morrer. Meus labores de amor por vocês são limitados a este mundo. Embora eu descanse dos meus trabalhos e estarei no paraíso, como pela graça acredito com consolo; todavia, quero lhes fazer o bem mesmo quando eu não estiver mais aqui”. Considere o que ele escreveu e as Escrituras pelas quais todas as frases são confirmadas, e que a sua oração fervorosa e conclusiva seja respondida com relação à nossa alma: “Que o Senhor nos dê entendimento em todas as coisas. Amém”.