Estava em curso o ano de 1971 e a África vivia fortes conflitos de etnias. Os confrontos entre Tutsis e Hutus se intensificavam a ponto de gerar verdadeiras carnificinas, geralmente afetando a vida de pessoas inocentes, quando a sua única culpa era ser Tutsi. Os anos transcorriam mergulhados em intensa violência, manchados de sangue e sem nenhuma perspectiva de solução para as diferenças étnicas.
A história de Pérola Negra vai se desenrolar nesse cenário tumultuado e ameaçador. Ela era uma mulher comum, vivendo uma vida incomum, porém ia vender caro sua liberdade e a dos seus entes queridos. Lutou com determinação, contudo era uma luta de formiguinha em prol da justiça, da sobrevivência e por amor à sua terra natal, Ruanda. Todavia a peleja estava fadada ao fracasso.
Era de família Tutsi e como tantas outras mulheres negras, alvo dos inimigos hutus. Porém, sua casa, por certo tempo ficou sob a proteção do patrão de Baakir, o hutu Daktari por cujas veias corria sangue bom. Daktari era pai de Akin que se tornara o melhor amigo de Kézia e o namoradinho de sua infância e pré-adolescência.
Foi durante uma visita ao amigo pigmeu Batwa chamado Kibuzue que vivia em sua tribo às margens da floresta, que ambos se viram confrontados pela primeira vez com a violência sanguinária e gratuita daquele conflito que até então só ouviram falar. Um pequeno grupo de Hutus espancava e molestava sexualmente duas mulheres, mãe e filha. Kibuzue, exímio atirador de flechas não titubeou e executou os criminosos ante os olhares atônitos de Kézia e Akin: “Não são homens, são animais” _ explicou o pigmeu aos jovens sem demonstrar qualquer emoção. A mulher morreu devido os maus tratos, mas a filha sobreviveu: era Yasmin.
Durante o aniversário de quinze anos de Akin, sua casa foi invadida por Hutus comandados pelo Coronel Dakeen que descobriu que Daktari, seu pai, dava proteção, entre outros, à família Tutsi de Kézia. A noite foi longa e sangrenta. Houve massacre, morte, desespero, sofrimento. Akin e Kézia safaram-se, porém os pais de Akin, considerados traidores do movimento Hutu foram impiedosamente assassinados a sangue frio junto com a maioria dos convidados.
Ante a tragédia ocorrida, Akin se dispôs a fugir dos hutus atravessando a fronteira para Uganda. Despediu-se de Kézia com juramentos de se reencontrarem no país vizinho tão logo fosse possível. Nesse interim Kézia e a família fugiram para uma das fazendas mais afastada de Daktari, porém Akin foi feito prisioneiro e encarcerado por cinco longos anos sem qualquer contato com o mundo exterior e sem notícias de sua amiga e amada Kézia. Findando os cinco anos, fraco e atacado pela doença, ante o assédio do Coronel Dakeen concordou em prestar serviços militares aos hutus em troca de sua liberdade. Tornou-se membro do radicalismo hutu, embora no fundo de seu coração almejasse apenas vingar a morte dos pais.
Enquanto isso Kézia e sua família se definhavam na mais absoluta pobreza nas entranhas secas da savana africana. No mesmo dia em que seu pai lhe dava a alcunha de “Pérola Negra” por tê-los salvos de um bando de hienas ferozes e famintas, sua mãe sucumbiu ante a miséria e a fome. Algum tempo depois, enquanto visitava Kibuzue com o irmão Phillippi, seu pai Baakir foi assassinado pelos hutus ante a presença passiva de Akin. Seu irmão caçula, Abay, foi raptado pela milícia hutu e entregue à velha e solitária mãe do Coronel Dakeen como filho adotivo.
Depois de enterrar o pai ao lado da sepultura onde haviam enterrado sua mãe alguns anos antes, Pérola Negra fugiu para a aldeia dos pigmeus, porém esta também caiu nas garras dos hutus e foi destruída. Sem alternativas se viram obrigados a fugir para as montanhas Muhabura, onde fundaram a Vila da Morada da Pérola Negra. Ali, nas entranhas da floresta iniciaram um movimento de resistência aos hutus. Num dos confrontos entre os dois grupos Pérola Negra se viu compelida a iniciar uma fuga frenética, porém perseguida caiu dentro de uma vala onde …
A história de Pérola Negra vai se desenrolar nesse cenário tumultuado e ameaçador. Ela era uma mulher comum, vivendo uma vida incomum, porém ia vender caro sua liberdade e a dos seus entes queridos. Lutou com determinação, contudo era uma luta de formiguinha em prol da justiça, da sobrevivência e por amor à sua terra natal, Ruanda. Todavia a peleja estava fadada ao fracasso.
Era de família Tutsi e como tantas outras mulheres negras, alvo dos inimigos hutus. Porém, sua casa, por certo tempo ficou sob a proteção do patrão de Baakir, o hutu Daktari por cujas veias corria sangue bom. Daktari era pai de Akin que se tornara o melhor amigo de Kézia e o namoradinho de sua infância e pré-adolescência.
Foi durante uma visita ao amigo pigmeu Batwa chamado Kibuzue que vivia em sua tribo às margens da floresta, que ambos se viram confrontados pela primeira vez com a violência sanguinária e gratuita daquele conflito que até então só ouviram falar. Um pequeno grupo de Hutus espancava e molestava sexualmente duas mulheres, mãe e filha. Kibuzue, exímio atirador de flechas não titubeou e executou os criminosos ante os olhares atônitos de Kézia e Akin: “Não são homens, são animais” _ explicou o pigmeu aos jovens sem demonstrar qualquer emoção. A mulher morreu devido os maus tratos, mas a filha sobreviveu: era Yasmin.
Durante o aniversário de quinze anos de Akin, sua casa foi invadida por Hutus comandados pelo Coronel Dakeen que descobriu que Daktari, seu pai, dava proteção, entre outros, à família Tutsi de Kézia. A noite foi longa e sangrenta. Houve massacre, morte, desespero, sofrimento. Akin e Kézia safaram-se, porém os pais de Akin, considerados traidores do movimento Hutu foram impiedosamente assassinados a sangue frio junto com a maioria dos convidados.
Ante a tragédia ocorrida, Akin se dispôs a fugir dos hutus atravessando a fronteira para Uganda. Despediu-se de Kézia com juramentos de se reencontrarem no país vizinho tão logo fosse possível. Nesse interim Kézia e a família fugiram para uma das fazendas mais afastada de Daktari, porém Akin foi feito prisioneiro e encarcerado por cinco longos anos sem qualquer contato com o mundo exterior e sem notícias de sua amiga e amada Kézia. Findando os cinco anos, fraco e atacado pela doença, ante o assédio do Coronel Dakeen concordou em prestar serviços militares aos hutus em troca de sua liberdade. Tornou-se membro do radicalismo hutu, embora no fundo de seu coração almejasse apenas vingar a morte dos pais.
Enquanto isso Kézia e sua família se definhavam na mais absoluta pobreza nas entranhas secas da savana africana. No mesmo dia em que seu pai lhe dava a alcunha de “Pérola Negra” por tê-los salvos de um bando de hienas ferozes e famintas, sua mãe sucumbiu ante a miséria e a fome. Algum tempo depois, enquanto visitava Kibuzue com o irmão Phillippi, seu pai Baakir foi assassinado pelos hutus ante a presença passiva de Akin. Seu irmão caçula, Abay, foi raptado pela milícia hutu e entregue à velha e solitária mãe do Coronel Dakeen como filho adotivo.
Depois de enterrar o pai ao lado da sepultura onde haviam enterrado sua mãe alguns anos antes, Pérola Negra fugiu para a aldeia dos pigmeus, porém esta também caiu nas garras dos hutus e foi destruída. Sem alternativas se viram obrigados a fugir para as montanhas Muhabura, onde fundaram a Vila da Morada da Pérola Negra. Ali, nas entranhas da floresta iniciaram um movimento de resistência aos hutus. Num dos confrontos entre os dois grupos Pérola Negra se viu compelida a iniciar uma fuga frenética, porém perseguida caiu dentro de uma vala onde …
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): DEVAIR MÓDOLO
- ISBN-10: 6553920052
- ISBN-13: 978-6553920057
- ASIN: B07HCSGTSR
- Idioma: Português
- Tamanho: 2579 KB
- Nº de Páginas: 325
- Categoria: Ação e Aventura
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