Pernaiada pode ser chamado sem dúvida alguma de romance bem atado em sua essência. Considerado como o entrecho perfeito para toda a e qualquer Literatura de qualidade. A história, da forma como é contada, entende uma junção entre realidade e ficção. Quase totalmente fictício, não fosse a intrusão da figura do Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira nessa história estupenda. Com Pernaiada, José Humberto Henriques se consagra como um dos grandes romancistas brasileiros de todos os tempos.
Todo o pano de fundo desse romance, organizado, sólido e sintético, se passa em Goiás, para os lados de Rio Verde e Jataí. Se Kubistchek entra nessa história – por mais curioso que possa parecer -, somente pelo fato de que o presidente andou por aquelas regiões na época em que era ainda candidato ao cargo e acabou sendo perguntado por um certo Toniquinho Carvalho se ele garantia, uma vez eleito, se a capital seria deveras transferida para o lugar onde hoje está o Distrito Federal, Brasília. Na verdade, o candidato estava a receber um xeque-mate, uma proposta de manutenção de sua palavra.
Entretanto, isso é somente o enredo que deu partida a este romance cheio de maravilhas. É um romance que trata da existência humana e todos os seus percalços, o homem como centro de um universo peculiar – a alma humana tratada em seu mais profundo sentido de busca e anseios. Diante desse sistema muito bem amarrado em todos os seus pormenores, as criaturas percorrem os seus liames de uma maneira profunda, sempre confiados ao tempo de suas manifestações vitais, de tal sorte que, mesmo sendo atemporal todo o texto, o destino não se afigura como coisa que pode ser separada do todo. Assim, quando uma personagem expõe todas as suas excrescências, elas não se dispersam pelo simples fato de terem sido expostas, pelo contrário, acham contraponto na relação que se faz entre o espaço e o novo tempo que sempre se reinaugura para cada uma.
A condição que cada alma carrega, a sua essência real, é proposta em todos os seus limites. Um livro sem heróis, apenas uma amostragem de como os temperos humanos e suas vicissitudes se organizam nessa “arte” de viver e se manifestar. O livro é cheio de belíssimas surpresas, tudo condicionado ao estilo inconfundível que o romancista desenvolveu ao longo de seu processo de criação e sua capacidade de se envolver com as belezas de um mundo excepcional como é esse de Goiás. O cenário predileto do autor. Boa parte da centena de romances de JH Henriques é uma amostra grande do estado de Goiás.
Esse livro recebeu reconhecimento do crítico Guido Bilharinho, exigente ao extremo em suas observações. Sobre o romance Guido publicou em jornal matéria bastante esclarecedora. Com esse texto, o crítico demonstra a facilidade de expressão que rege as obras de JH Henriques.
Sobre esse livro, assim se manifestou Guido Bilharinho, cinéfilo, poeta, romancista e crítico de arte.
A história narrada nucleia-se sobre a substância da vida, no sentido de que não se perde e nem se dissipa ou dilui em seriação de atos e fatos que extrapole o sentido mais profundo da existência humana. Em consequência, a ação romanesca essencializa-se e se concentra nos elementos fundamentais e indispensáveis que compõem o ser humano no exercício de viver, subsistir e se relacionar com seus semelhantes, com a natureza e com os animais que o cercam. Ou seja, o ser humano na sua integralidade e a vida humana nos seus marcos e conformações constituindo e formando a matéria romanesca. Por isso, não desfilam na obra ações e atos das personagens que não sejam os determinados pelos componentes emocionais formadores de suas personalidades e pelos limites e condicionantes estabelecidos pelas condições objetivas impostas pela realidade. A Substância, a essência do ser e do viver humano em dadas época e espaço, perfazem sua matéria, disposta, conduzida e tratada com mestria, conformidade e conhecimento de causa e efeito.
Todo o pano de fundo desse romance, organizado, sólido e sintético, se passa em Goiás, para os lados de Rio Verde e Jataí. Se Kubistchek entra nessa história – por mais curioso que possa parecer -, somente pelo fato de que o presidente andou por aquelas regiões na época em que era ainda candidato ao cargo e acabou sendo perguntado por um certo Toniquinho Carvalho se ele garantia, uma vez eleito, se a capital seria deveras transferida para o lugar onde hoje está o Distrito Federal, Brasília. Na verdade, o candidato estava a receber um xeque-mate, uma proposta de manutenção de sua palavra.
Entretanto, isso é somente o enredo que deu partida a este romance cheio de maravilhas. É um romance que trata da existência humana e todos os seus percalços, o homem como centro de um universo peculiar – a alma humana tratada em seu mais profundo sentido de busca e anseios. Diante desse sistema muito bem amarrado em todos os seus pormenores, as criaturas percorrem os seus liames de uma maneira profunda, sempre confiados ao tempo de suas manifestações vitais, de tal sorte que, mesmo sendo atemporal todo o texto, o destino não se afigura como coisa que pode ser separada do todo. Assim, quando uma personagem expõe todas as suas excrescências, elas não se dispersam pelo simples fato de terem sido expostas, pelo contrário, acham contraponto na relação que se faz entre o espaço e o novo tempo que sempre se reinaugura para cada uma.
A condição que cada alma carrega, a sua essência real, é proposta em todos os seus limites. Um livro sem heróis, apenas uma amostragem de como os temperos humanos e suas vicissitudes se organizam nessa “arte” de viver e se manifestar. O livro é cheio de belíssimas surpresas, tudo condicionado ao estilo inconfundível que o romancista desenvolveu ao longo de seu processo de criação e sua capacidade de se envolver com as belezas de um mundo excepcional como é esse de Goiás. O cenário predileto do autor. Boa parte da centena de romances de JH Henriques é uma amostra grande do estado de Goiás.
Esse livro recebeu reconhecimento do crítico Guido Bilharinho, exigente ao extremo em suas observações. Sobre o romance Guido publicou em jornal matéria bastante esclarecedora. Com esse texto, o crítico demonstra a facilidade de expressão que rege as obras de JH Henriques.
Sobre esse livro, assim se manifestou Guido Bilharinho, cinéfilo, poeta, romancista e crítico de arte.
A história narrada nucleia-se sobre a substância da vida, no sentido de que não se perde e nem se dissipa ou dilui em seriação de atos e fatos que extrapole o sentido mais profundo da existência humana. Em consequência, a ação romanesca essencializa-se e se concentra nos elementos fundamentais e indispensáveis que compõem o ser humano no exercício de viver, subsistir e se relacionar com seus semelhantes, com a natureza e com os animais que o cercam. Ou seja, o ser humano na sua integralidade e a vida humana nos seus marcos e conformações constituindo e formando a matéria romanesca. Por isso, não desfilam na obra ações e atos das personagens que não sejam os determinados pelos componentes emocionais formadores de suas personalidades e pelos limites e condicionantes estabelecidos pelas condições objetivas impostas pela realidade. A Substância, a essência do ser e do viver humano em dadas época e espaço, perfazem sua matéria, disposta, conduzida e tratada com mestria, conformidade e conhecimento de causa e efeito.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01M9HWRR0
- Idioma: Português
- Tamanho: 2894 KB
- Nº de Páginas: 282
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
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