Perder Nunca Foi Uma Opção: Como um pobre menino da roça, tornou–se o milionário criador do modelo de gestão do agronegócio mais completo no mundo.

Acredito que a descoberta mais amedrontadora da minha vida foi a de que sou uma pessoa normal. Isto somente foi acontecer por volta dos meus trinta anos. Descobri que não tenho super poderes, que não consigo ler a mente das pessoas, que meu QI é super dentro da média e que eu precisaria estudar duas vezes mais para aumentar em um ponto as minhas médias finais nas provas, quaisquer que fossem elas.

Mais cedo, talvez aos doze, descobri que não era bonito, pelo menos não tanto quanto minha mãe insistia em dizer, é claro que isso enfraqueceu um pouco minha intenção de ser ator de filmes americanos. Antes, ainda havia descoberto que não era nada popular, tampouco simpático. Praticamente eu era um tosco, vindo da roça, que não estava “nem aí” pra nada.

Apesar de nunca ter faltado nada em casa, também não sobrava. Vida regrada nas finanças e farta nas travessuras e zombarias. Comecei a trabalhar cedo, não por necessidade e sim, por gosto. Se você é daqueles que não gosta de trabalhar e nem de estudar, melhor fechar este livro, pois não fala de outra coisa. Desde cedo ia pra roça ajudar a atrapalhar o serviço de quem realmente trabalhava. Aprendi muita coisa importante para a vida.

Meu pai, aficionado por futebol e com a primeira experiência de um filho jogador de futebol, depositava em mim suas esperanças de ter um filho craque. Que pena! Até que eu levava jeito, mas não para ser craque, ainda mais jogador. Não que eu não gostasse da coisa, era até entusiasta, participava de torneios, jogos, mas sempre fui mediano, nem bom, nem ruim e olha que só fui descobrir isso muito mais tarde, mesmo com um monte de gente dizendo que eu era perna de pau. Eu pensava que isso era pura despeita e inveja. Coisa de gente egocêntrica.

Para o teatro sim, ramo para o qual acho que sempre levei jeito, pois interpretava com habilidade singular, principalmente na hora de inventar histórias e escapar das palmadas da minha mãe, se bem que não doíam mesmo. Às vezes penso que era só para assustar, porque quando era para doer ela contava das traquinagens para meu pai, aí era problema certo. Porém, a nobre carreira de artista não me atraía por dois motivos:

Primeiro: eu achava que levaria muito tempo para ficar rico como artista.

Segundo: eu era mediano e dificilmente chagaria ao sucesso em uma coisa que exigia um pouco mais: talento.

Por fim, lidar com gente. Ô coisa difícil!

Até hoje tenho extrema dificuldade em me relacionar com “gente”. Meus amigos contam que quem tem dificuldade de se relacionar comigo é quem não merece relacionamento. Eu não penso assim, penso e acredito que o que me falta é habilidade para lidar com certos tipos de pessoas. Isso vem lá da minha infância. Como eu aprontei! Pra mim, aquela história de respeito aos mais velhos sempre vinha acompanhada de um belo palavrão. Se alguém atravessava meu caminho, lá ia um xingamento, muita correria e umas boas palmadas.

O que faz um cara desses? Sem dinheiro ou grandes heranças, sem beleza física, sem talento para artista, sem habilidade para jogador ou esportista e sem habilidade política para lidar com pessoas?

Bom, descobri que um cara desses pode fazer muitas coisas.
Que várias dessas coisas podem ser lucrativas e emocionalmente compensadoras! Para quem gosta de aprender com os erros, principalmente os dos outros, esse livro é um prato cheio. Sempre comparando as experiências vividas e lições tiradas com a prática da administração de empresas, o livro busca levar você a uma reflexão sobre coisas simples que poderão torná-lo um profissional de sucesso. Além disso, mostra, de forma simples, a trajetória de uma pessoa comum, fazendo coisas comuns. Mostra como um pequeno pecuarista tornou-se professor do curso de MBA em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Mestre e Doutor em gestão do agronegócio e criador do GERENCIAMENTO DE PRECISÃO, modelo revolucionário de gestão do agronegócio.

Quer coisa melhor?