Para ler no cemitério: Um monólogo cristão para teatro

“Meu avô tinha seus hábitos. Um deles, que não me esqueço, era ir no cemitério bem cedo no dia de Finados. Filho único que era, tirava esse dia para ver o túmulo do seu pai e de sua mãe. Além do maço de flores, sei que ele levava a Bíblia dele de bolso (que estava sempre na pasta dele, aliás), mas nunca soube o que ele rezava nessas visitas…

Hoje faz um ano que ele morreu. Semana passada, tive a chance de escolher, entre os livros dele, quais queria para mim. A Bíblia de bolso foi a primeira que escolhi. Abri ela e logo um papel caiu. Estava escrito: “Para ler no cemitério” com uma lista de passagens bíblicas.

Meu avô sabia o neto que tinha. Hoje eu não fui no cemitério vê-lo, mas escrevi um livro baseado neste pequeno papel na Bíbilia que agora repousa na minha mesa de escrita. É um monólogo teatral, pois sou um dramaturgo. É uma leitura bíblica, pois aprendi com ele os saberes do transcendental. É uma homenagem e um agradecimento do seu neto e amigão…”
(Mensagem do autor em suas redes sociais em 05 de janeiro de 2020)