Papo Torto

Papo Torto narra às desventuras amorosas de uma jovem chamada Janaína de uma forma descontraída com o leitor.
Prólogo:
E foi nesse exato momento que um majestoso tapete vermelho se estendeu a minha frente, muitos flashes por todos os lados, e de repente eu estava bem no centro do salão, o apresentador com aquele sorriso colgate, tão branco que me cegava, anunciou meu nome no microfone: – JANAÍNA!!! – o som ecoou por todos os lados, meu coração batia como aqueles tambores grandes do cocobomgo do filme Máskara.
Eu olhei para todos os lados atordoada, todos se levantaram para me aplaudir. E mais uma vez o apresentador: – O Oscar de trouxa do ano vai para… – Fez uma pausa querendo causar suspense na platéia, mas todos já sabiam quem era a ganhadora. E finalmente soltou em um grande estrondo com uma estranha felicidade: – VOCÊ JANAÍNA!!! – Ele apontou para mim. – Por favor, venha receber seu troféu. – Ele chamou com um movimento de mãos insistentes.
Com os joelhos trêmulos, um sorriso amarelo e forçado no rosto, eu subi no palco. Olhei para aquele lugar lotado, era enorme, passei o olhar pela primeira fileira e avistei o Di Caprio (concorrendo à outra categoria é claro), sorrindo e me aplaudindo, ele reparou que eu o observava e então me deu aquela piscadinha de você é o cara. E foi assim que ganhei o meu primeiro Oscar, depois de tantos papeis de trouxa que fiz, finalmente fui reconhecida.